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Falta de papel próprio faz formados pela UFPI esperarem quase um ano por diploma

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Quem entra em um curso superior em uma universidade sabe que a trajetória para conseguir o tão sonhado diploma não é fácil. Mas o que ninguém espera é que, ao concluir o curso, vai enfrentar um outro desafio para receber o documento que atesta a competência adquirida. É o que denunciam estudantes que concluíram curso de graduação na Universidade Federal do Piauí: atrasos de até quase um ano para receber o diploma.

Formada em Biomedicina pela Universidade Federal do Piauí, Nayra Lira relatou ao OitoMeia que espera há mais de oito meses para receber o diploma. Ela afirma que a falta do documento tem trazido dificuldades. “Eu acho um absurdo a UFPI demorar quase um ano para entregar o diploma, sendo que é algo que deveria ser rápido de ser entregue. É básico para a pessoa poder conseguir um emprego ou alguma coisa porque tudo vai precisar do diploma dela”, explica.

Formados pela UFPI relatam angústia em espera de mais de oito meses por diploma (Foto: Reprodução)

A Universidade Federal do Piauí dá um prazo de três a seis meses a partir da colação de grau do aluno para a entrega do diploma, em períodos normais. No entanto, desde o segundo semestre do ano passado, a demora tem sido maior. A UFPI alega que a falta de fornecimento do papel próprio para diploma, aposentadoria de servidores do setor responsável pela emissão e greve de servidores no segundo semestre de 2017 dificultaram os serviços.

A biomédica conta que os demais colegas, que se formaram na mesma turma com ela, continuam esperando o documento. A turma colou grau em agosto de 2017. Eles afirmam que, ao procurar o setor, os funcionários alegam que deve demorar mais meses por falta de papel e de pessoal.

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“A gente liga para os atendimentos e ninguém sabe, a gente vai na UFPI e não tem previsão de nada. Ficamos a mercê de quando quiserem entregar o diploma. No sistema no site [protocolo], demora muito para atualizar, não sei se é porque demora mesmo ou se não atualizam. Eles dizem que é por falta de funcionário e falta de papel que eles não imprimem o diploma. E aí, como é que fica?”, questiona.

UFPI CONFIRMA QUE GREVE E ATRASO DIFICULTARAM, MAS SITUAÇÃO DEVE NORMALIZAR ATÉ JULHO

A Universidade Federal do Piauí confirma que um problema com fornecimento das cédulas de diplomas e uma greve de servidores no final do ano de 2017 atrasaram a expedição dos documentos, mas que o serviço não foi suspenso. A Diretora de Administração Acadêmica da UFPI, Luciana Oliveira Barbosa, explicou ao OitoMeia que, com a situação comprometida, a instituição deu prioridade a casos urgentes.

UFPI afirma que problemas foram regularizados e expedições de diploma devem normalizar até julho (Foto: Édrian Santos)

“Teve um problema em relação ao fornecimento da cédula de diploma que levou quase um ano para que o fornecimento fizesse a disponibilização das cédulas. A gente recebeu em março as cédulas, houve atraso mas em nenhum momento suspendeu a emissão. As cédulas a gente priorizou para atender casos urgentes, pessoas que tinham mais necessidade, mestrado, emprego concurso, então quem procurava para apresentar as necessidades, a gente atendia, ninguém deixou de ser atendido”, explicou.

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A junção de três fatores no mesmo período ocasionou o problema: greve de servidores, aposentadoria de cinco servidores do setor de expedição de diplomas, e problema com fornecimento do papel específico. A situação foi mais crítica entre setembro e dezembro de 2017, mas, de acordo com a DAA, a situação já foi regularizada e deve voltar à normalidade até julho.

O fornecimento das cédulas de diploma foi regularizado em março deste ano, mas por conta da demanda reprimida, ainda não foi possível regularizar a situação. A DAA explica que o processo de licitação da fornecedora da cédula iniciou em janeiro do ano passado. “Iniciou o processo de licitação em janeiro do ano passado, de julho para agosto foi concluído e só em março de 2018 foi regularizado”, explicou.

PRAZO DOBROU

Normalmente, o prazo de expedição de diplomas é de três meses, explica Luciana. Com os problemas enfrentados, o prazo de entrega foi dobrado. “Os três meses de paralisação de servidores teve impacto direto no serviço de diplomas e controle acadêmico, que são essenciais na hora de conferência dos dados. É um processo mais lento porque tem os detalhes. Cada diploma é um documento único e definitivo, e não pode haver erro, falha. Exige um tempo maior de tramitação. E com a perda dos cinco servidores que se aposentaram, precisou aguardar mais dois meses para concluir a contratação dos novos e mais dois meses de treinamento”, explicou.

A diretora conta que uma das medidas adotadas para amenizar os problemas foi a expansão do prazo de validade da certidão – documento provisório que substitui o diploma até a expedição deste, que é definitivo. “A gente revalidou a certidão, documento provisório, é num prazo curto, e a certidão vale hoje por 180 dias, que é o prazo máximo que a gente precisou para atender todos. Todos os alunos que nos procuram, a gente não para o processo ordinário, a gente dá prioridade, a gente não tem intenção de causar prejuízo para ninguém”, explica.

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500 PROCESSOS DE DIPLOMAS

A DAA calcula mais que existem mais de 500 processos de diplomas que alunos precisam regularizar a situação. Além destes, mais de mil diplomas estão prontos mas as pessoas não foram buscar. A situação já se encontra em processo de regularização. “Cem por cento ainda não, mas estamos perto. Fizemos um cronograma para atualização desses processos e a previsão é que até junho ou julho regularize tudo”.

A diretora afirma, ainda, que mesmo no período de greve, não houve ações judiciais para expedição de diplomas. “Todos os casos foram atendidos pelas vias administrativas”, finaliza.

Fonte: Oito Meia

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