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Família diz que chacina de Francisco Santos pode ter motivação política

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Três anos e quatro meses se passaram e as mortes de Maria Teresa Ferreira Filha da Silva de 50 anos; Fernando Collor da Silva, 27 anos; Francivaldo Antônio da Silva, de 24 anos; e Anildo Pereira da Silva, também de 24 anos, ainda não foram solucionadas.
O caso, que teve grande repercussão no estado, ficou conhecido como “Chacina de Chico Santos”. A mãe, dois filhos e um sobrinho foram mortos com disparos de arma de fogo a “queima roupa”.
O único sobrevivente, Antônio Raimundo da Silva conhecido como Antônio Canabrava, só escapou porque não estava em casa no momento do crime, que aconteceu na comunidade Belo Monte, zona rural da cidade de Francisco Santos.
Ele relatou sua insatisfação com o trabalho da polícia na Delegacia Regional de Picos. “A polícia disse que a princípio trabalhou em duas linhas de investigação. Primeiro a respeito da namorada do meu filho ou do meu primo que era do município de Jaicós, só que a família acha que, na época, o delegado e os médicos legistas usaram de má fé, até porque os laudos periciais era para sair em torno de 15 a 30 dias e se passaram seis meses. A família vinha de 15 em 15 dias, de 20 em 20 dias, saber de alguma coisa, o delegado falava que ainda não tinha ficado pronto”, explicou.
O senhor Antônio Raimundo levantou uma forte suspeita sobre o caso, e disse que a motivação do crime pode ter sido política. “A família nunca descartou ser por parte política, até porque faltavam onze dias para as eleições, inclusive,  eu era filiado ao partido e no momento das eleições eu estava no outro partido, e no sábado eu fui para concentração política do meu partido mais o meu primo, meus filhos estavam em Alagoinha do Piauí e minha esposa ficou em casa porque ela não gostava. Acontece que na segunda-feira houve o comício do partido adversário, eu fui, não por interesse, apenas por curiosidade até porque a política ultimamente é muito acirrada, principalmente, na época”, pontuou.
Sem citar nomes, ele disse ainda que foi induzido a sair de casa e ir a um comício dos seus adversários políticos, e quando chegou, encontrou sua família morta.
“Eles falaram no dia do comício do meu partido tinha poucas pessoas lá, mas quisesse ver gente fosse à segunda feira, ai fiquei com aquilo na minha mente e eu disse: segunda-feira eu venho para ver como é que é. Então na segunda eu fui por volta das oito horas por curiosidade, ai quando cheguei em casa vi minha família ceifada. É muita dor para família saber que está com três anos e quatro meses e até hoje nunca foi desvendado esse ocorrido”.
O Portal e Rádio Web Picosmais, procurou a Delegacia Regional de Picos, e foi informado pelo Delegado Agenor Lima, que o inquérito policial desse caso foi transferido para o Departamento de Homicídios e Proteção a Pessoa (DHPP) em Teresina.
Nossa equipe entrou em contato com o delegado Hildson Rodrigues da DHPP que preside o inquérito e obter informações sobre o andamento do processo. Ele relatou, entre outras coisas, que a linha de investigação iniciada em Picos, colocando o alvo dos bandidos como sendo o sobrinho de Antônio, foi descartada. Segundo o delegado, os assassinos estavam atrás dos filhos, já o sobrinho e a esposa só estavam na hora e no local errado.
“Depois que analisamos bem, depois que comparecemos em Francisco Santos por três ocasiões, nós ficamos convictos que Anildo não era o alvo, e sim os dois irmão que foram vítimas”, explicou o delegado.
O delegado relatou também o que falta para conclusão do inquérito e a prisão dos responsáveis. “Nós temos que fazer ainda umas duas ou três oitivas. Mas, o que realmente está travando o inquérito é a demora na confecção dos laudos periciais, de balística e do local do crime”. Ele finaliza dizendo que já tem os suspeitos da “Chacina de Chico Santos”. “Depois que assumimos, já temos os suspeitos sim”, finaliza o delegado.
Fonte: Portal Picos Mais
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