Greve dos Correios acaba no Piauí sem trabalhadores aceitarem proposta

O presidente do Sintect-PI, José Rodrigues, explicou que houve frustração na categoria por causa da greve apenas garantir a manutenção de benefícios. “Na verdade ficaram garantidos os benefícios que a empresa ameaçava retirar e não ficamos totalmente satisfeitos porque não se garantiu que não feche os bancos postais dos Correios”, relatou José Rodrigues sobre o processo de fechamento de representações de agências bancárias nas unidades dos Correios.

Em julho o G1 informou que o banco postal pode fechar em 114 cidades do Piauí.

A manutenção do banco postal continua indefinida e outros pleitos ainda estão ameaçados, segundo o sindicalista. “Eles prorrogaram só até janeiro e não tem posição definida. Em relação ao plano de saúde foi mantido no acordo, mas até que o TST decida através da medição para a cobrança de mensalidade”, contou José Rodrigues. Para o presidente do sindicato o resultado das negociações acabou sendo frustrante.

Segundo os Correios a proposta prevê reajuste de 2,07% (INPC) retroativo ao mês de agosto de 2017, compensação de 64 horas (8 dias) e desconto dos demais dias de ausência, além da manutenção das cláusulas já existentes no ACT 2016/2017. A cláusula 28, que trata do plano de saúde, continua sendo mediada pelo TST.

“Não atendeu a todas as nossas expectativas e aí a gente entendeu que a interferência do Judiciário tem atrapalhado as negociações. Acabamos a greve, mas não aceitamos a proposta, mas a maioria nacional acabou aceitando”, finalizou.