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ITAINÓPOLIS | Transporte escolar para por falta de pagamento e prejudica alunos; salas ficam vazias

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Por falta de pagamento por parte da Secretaria Estadual de Educação, trabalhadores que atuam no transporte escolar de alunos matriculados nas Escolas da Rede Pública Estadual de Ensino e residentes  na zona rural do município de Itainópolis, estão com as atividades paralisadas e vários alunos estão sendo prejudicados.

De acordo com informações da Supervisora de Ensino, Maria dos Remédios Moura, os trabalhadores estão sem receber o pagamento desde novembro do ano de 2017. “Eles estão sem pagamento desde novembro, então no dia 2 eles pararam, porque não tinha mais condição. O posto não abastece, os carros quebram. Os alunos que tem moto estão vindo, mas os que não tem estão perdendo aula” ressaltou.

Segundo ela, cerca de 150 alunos da zona rural, que estudam no período noturno, nas escolas Álvaro Rodrigues, Professora Alaíde Rodrigues e Mariano Borges Leal (Povoado Riachão), estão sendo prejudicados.

A supervisora disse que já entrou em contato com a Secretaria Estadual, mas nada foi resolvido. “Esse pagamento de novembro era pra ter sido dia 16 de março e não saiu. Eles prometem, mas até agora não temos previsão. Quando eu ligava antes a menina que me atendia dizia que já estavam buscando resolver, hoje eu ligo e dizem que temos apenas que aguardar, só dizem isso, não dão resposta, nenhuma saída” relatou ela.

Mateus da Silva, 17 anos, aluno do 1° ano do Ensino Médio, disse se sentir humilhado com a situação. “A pessoa se sente humilhada, estamos perdendo aula por que eles não querem pagar o transporte, nem ao estudo nós temos direito mais, é uma covardia, uma injustiça” disse ele.

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Marcos Antônio da Silva, aluno do 3° ano, disse que está tendo que ir à escola por conta própria. “Eu estudo a noite porque durante o dia trabalho para ajudar minha família, então só tenho a noite para estudar. Nunca tinha passado por essa situação. Moro a 16 km da cidade e no momento, como não tem transporte, estou tendo que ir por conta própria, de moto, o custo vem todo do meu bolso. Me sinto injuriado, pagamos imposto para ter o transporte, mas estamos tendo que arcar do próprio bolso para poder ir à escola” falou.

Bianca Trindade, que estuda na escola Mariano Borges Leal, localizada no Povoado Riachão falou que se sente injustiçada e de mãos atadas diante do problema. “Me sinto injustiçada, porque pago impostos e não tenho direito ao transporte público, que é obrigação do governo para conosco. Me sinto de mãos atadas pois não tenho como ir, eu já mudei de escola porque não teria mais transporte para ir, então escolhi no Riachão porque o ônibus sai de perto de onde eu moro. E já estão fazendo as provas, e quem não tem como ir se prejudica, porque tem alunos que moram perto, são poucos mas eles dão aula mesmo assim e não só eu como muitos de meus colegas estão perdendo as matérias e as provas” comentou.

Bianca diz que caso o problema não se resolva, pretende denunciar o caso ao Ministério Público. “Pretendo denunciar, mas não para prejudicar ninguém e sim porque eu quero resolver essa situação da melhor forma, e que paguem os motoristas para voltarem a levar a gente para a escola ou que contribuíssem pelo menos com a gasolina” finalizou ela.

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