Jovem do Piauí produz réplicas de varinhas da saga Harry Potter e faz sucesso na internet

A saga Harry Potter tem significado especial na vida da cientista social Kelline Costa. Além de ser fã da história, durante a pandemia da Covid-19, a jovem de 26 anos passou a produzir varinhas da saga e a vender na internet para outros fãs do bruxo.

Ao g1, ela falou sobre como surgiu a ideia do empreendimento, o processo de confecção do artefato e os planos para a lojinha.

Onde tudo começou

Kelline Costa sempre foi adepta ao DIY (faça-você-mesmo), um método de construção, modificação ou reparação das coisas sem a ajuda direta de especialistas. Em casa, ela era a responsável pela decoração natalina.

“Eu fazia as coisas à mão, um ‘Feliz Natal’ à mão, produzia as placas do Papai Noel, uma lareira. Eu via vídeo no Youtube e pensava ‘eu acho que consigo fazer’ e fazia”, afirmou.

Em 2019, a cientista social começou a estagiar na área da docência. Porém, com a chegada da pandemia, Kelline, que possuía chances reais de ser contratada na escola onde atuava, foi dispensada. Então, ela passou a produzir varinhas como forma de passatempo.

“Eu pensei em fazer uma varinha para mim mesma porque eu gosto muito de Harry Potter desde criança. Comecei a mexer com esse material que é porcelana, madeira, e fiz algumas varinhas para mim e para os meus amigos. Eles falaram para eu vender, mas eu achava que não ia ter saída”, disse.

Após o incentivo dos amigos, em maio de 2021, a cientista social criou a loja. Um amigo da jovem, que é designer, fez a identidade visual do empreendimento e, em seguida, ela criou um perfil no Instagram para divulgar os seus produtos.

Kelline produz réplicas de varinhas do Harry Potter e varinhas personalizadas, com preços que variam entre R$ 20 e R$ 38. Para a confecção da varinha, a artista utiliza agulha de tricô, porcelana, tinta acrílica de artesanato e verniz incolor.

A varinha demora, em média, sete dias para ficar pronta e ser entregue ao cliente. “É um trabalho demorado, por isso que não dá para eu fazer uma varinha do dia para o outro”, contou.

Amor pelo que faz

Atualmente, a lojinha de varinhas é a única fonte de renda da cientista social. Segundo ela, os produtos são bastante vendidos, principalmente em eventos do universo geek. “Quando tem evento, eu tiro uma grana boa, o lucro é muito bom. Quando vou expor em um evento, o preparo é grande, porque tenho que ter muitas peças disponíveis”, comentou a artista.

Contudo, Kelline ressaltou que produz varinhas não para sobreviver, mas porque ama fazer esse trabalho.

“É uma coisa de fã pra fã, eu faço por amor porque eu sei que tem fãs de Harry Potter que não têm dinheiro para comprar uma varinha. Às vezes, em eventos, quando eu dou o preço e a pessoa fala que não tem esse dinheiro, eu abaixo o valor. Eu quero que os fãs tenham acesso, algo que eu não tinha”, reiterou a jovem.

Planos para o futuro

Neste ano, Kelline pensa em expandir seus negócios e produzir não só varinhas do Harry Potter, mas bonecos da saga e de super-heróis.

“Eu preciso de um molde comprado porque se eu fizer tudo, gasta muito material. Estou procurando uma alternativa melhor para ficar barato e eu poder agradar os fãs que não têm condições de ter bonecos caros”, finalizou a artista.

Fonte: G1 Piauí | Foto: Arquivo Pessoal /Kelline Costa