Jurdan Gomes é homenageado em sessão fúnebre na Câmara Municipal de Belém do Piauí

A Câmara Municipal de Belém do Piauí realizou, na manhã desta quinta-feira, 10 de setembro, uma Sessão Solene Fúnebre em homenagem a Antônio Gomes de Sousa, mais conhecido por Jurdan.

Jurdan Gomes, faleceu em Teresina nesta quarta-feira, 09, após sofrer uma parada cardíaca. Ele era ex-prefeito do município de Belém do Piauí, tendo sido responsável pela emancipação da cidade. Além de político, era cantor, compositor, poeta, radialista e escritor.

A sessão solene, foi conduzida pelo vereador Bernardino Carvalho e contou com a presença de outros parlamentes, autoridades e secretários municipais de Belém, bem como políticos de outras cidades da região, os familiares e amigos que prestaram suas homenagens a Jurdan.

Após abertura da sessão feita pelo presidente Bernardino Carvalho,  o advogado José Benedito Neto, fez a leitura do Decreto Municipal, que instalou luto oficial de três dias no município e a nota de pesar emitida pela Câmara Municipal.

Conhecido e querido em toda a região e no município, as pessoas lotaram o plenário e o corredor  da Casa Legislativa, tinha pessoas, também na parte externa na Câmara, onde nem mesmo o sol quente, os impediram de dar o último adeus, ao ilustre cidadão, Jurdan Gomes, que mesmo não sendo natural de Belém, adotou o município como sua terra, constitui família, fez muitos amigos e deixou um grande legado.

As homenagens foram marcadas por muita comoção. Os oradores versaram sobre a luta de Jurdan para emancipar Belém, sua trajetória política e o trabalho desenvolvido por ele, o artista que era, através das citações de suas poesias, e principalmente, sobre amor que Jurdan tinha pelo município de Belém.

O secretário de Cultura, Edson Ribeiro, leu a mensagem do prefeito Ademar Carvalho.  “[…]  Falar de Jurdan  é tarefa fácil, mas que pode se revestir de uma dificuldade ímpar de acordo com as circunstâncias, tarefa fácil pois aqui o conhecemos e compartilhamos momentos de proximidade com esse cidadão público, tarefa difícil pela  complexidade da personalidade e o papel por ele desempenhado na construção de nossa comunidade, tarefa difícil por nos faltar palavras  que expressem a real dimensão desse personagem chave no desenvolvimento de toda a nossa região”, disse.

“Tive o privilégio de trabalhar ao seu lado desde os primórdios da luta pela emancipação de nosso município, fui representante do povo nesta Casa no primeiro mandato de Jurdan, fui seu vice-prefeito e seu sucessor a frente do Poder Legislativo […]. Sorrimos, lutamos, sangramos, cansamos, renovamos nossas forças, concordamos, planejamos, agimos, divergimos, afinal a verdadeira amizade é provada na tempestade, e por fim na reconciliação. Durante o último ano tivemos uma proximidade tal, que não seria possível no momento de luta e trabalho como homens públicos. Mas foi ai que pude notar a grandeza do coração de quem faz o bem desinteressadamente, a serenidade de quem sabe que cumpriu seu dever  e a firmeza de carácter daqueles que sabem liderar”, afirmou.

Por fim, o gestor expressou gratidão a Deus, por que pode se aproximar do homem Jurdan e assim vislumbrar o que havia por trás da personalidade pública. “Impossível se aproximar de Jurdan e não ser contagiado  por sua alegria, bondade e otimismo, cumpriu sua tarefa, completou sua jordana, deu-nos o melhor de si, e agora cabe a nós não desmerecer sua existência. […] Vai em paz Jurdan você cumpriu seu papel”, concluiu.

O ex-prefeito, Eudes Agripino, de Fronteiras, terra natal de Jurdan, frisou sobre a atuação e o amor de Jurdan pelo município. “[…] Jurdan tinha tanta vontade de ver Belém crescer, que  muito antes de assumir a Prefeitura, já estava construindo a sede. Entre erros e acertos, o Jurdan aonde errou foi tentando acertar, querendo fazer o melhor, porque quem ama cuida. E era esse amor e carinho que ele tinha por essa cidade.  Sua simplicidade, inteligência, capacidade, um homem sereno, vai deixar seu legado, para Belém, para Fronteiras sua terra e para o Piauí”, disse.

A esposa do deputado federal Júlio César, Jussara Lima,  que é  sobrinha de Jurdan,  falou que é um momento de muita dor para família. “Era um tio muito querido, muito especial para todos nós. Quando fui vereadora em Fronteiras, contei muito com o apoio do meu tio, ele que andava comigo pelo município, e sempre cantava seus versos, suas prosas. É uma dor muito grande perdê-lo, mas sei que o céu esta festa com a sua chegada”, disse emocionada.

“A gente não escolhe o lugar de nascer, mas aquele que quer morar sim, e ele escolheu Belém para ser a sua terra. Estive com ele terça-feira, estava feliz, conversamos e disse: Jussara eu amo Belém, eu amo até brisa daquela cidade, amo aquela gente toda, e estou feliz também, porque eu me reaproximei do Ademar, nós caminhos juntos desde o início, na  formação  na cidade, e hoje reconheço que ele está fazendo um grande trabalho. Eu disse: mas tio deixa isso, vai viver sua vida, a sua poesia, sua música. E me respondeu: é porque as vezes o poeta se confundi com o político. Tio Jurdan tinha um coração aberto para o povo, ele amava essa terra”, relatou Jussara.

O presidente da Casa, Bernardino Carvalho, falou sobre a trajetória percorrida para emancipar o município e o trabalho desempenhado por Jurdan. Ele se solidarizou com toda a família e disse que em 20 anos como legislador, é a primeira vez que conduz uma sessão fúnebre.

“Jurdan deixou um legado, ele plantou e a colheita já iniciou, então fica a nossa gratidão a ele por tudo que fez para Belém do Piauí, pois quem ajudou nosso município no tempo das vacas magras foi esse cidadão que está nos deixando, hoje. Um homem de bem que fez muito pelo nosso município, e, é com muita tristeza que nos despedimos dele”, afirmou.

Também se pronunciaram, o vereador  Ildimar Granja, o professor Jailson Araújo,o jovem Geofracis, representado o vereador Burega, padre Fernando Amando,  o pastor da igreja Assembleia de Deus de Padre Marcos, Francisco Manoel, o   professor Ozanan Leal,  o secretário de Cultura de Belém, Edson Ribeiro, Feliciano de Francisco Macedo, a jovem Edineia, o médico Rubens Batista, o tio de jurdan, Josimar e Norberto Perreira.

Após todos os pronunciamentos e encerramento da sessão, foi realizado o cortejo até o Cemitério Municipal, onde ocorreu o sepultamento.

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