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Motoristas querem discutir aumento do diesel com governo

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SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Abcam, entidade que reúne os motoristas autônomos, disse nesta sexta (31) que pretende se reunir com o governo para discutir o aumento do preço do diesel e que “fará o possível para evitar nova paralisação” da categoria.

O reajuste foi anunciado na quinta-feira (30), pouco mais de três meses após acordo que garantiu subsídio e corte de impostos sobre o combustível com o objetivo de pôr fim à greve de duas semanas que parou o país.

A Abcam diz ter detectado focos de mobilização por aplicativos de trocas de mensagem, mas afirma ainda não ver adesão suficiente para nova paralisação. “A associação, que sempre acreditou no diálogo, fará o possível para evitar uma nova paralisação”, disse a entidade, em nota, na qual cobra o cumprimento do acordo de maio e quer uma reunião com a Casa Civil para discutir o tema.

Segundo a Petrobras, o aumento médio no país será de 13%. Considerando que o combustível representa 55% do preço final, o repasse às bombas deve girar em torno de 7%, caso não haja aumento de impostos e margens. Será a primeira alta expressiva no preço final desde o início do programa de subvenção, devido à alta e das cotações internacionais.

O aumento desta sexta ocorre sem que o preço de bomba tenha caído os R$ 0,46 por litro prometidos pelo governo -R$ 0,30 de subsídio mais R$ 0,16 de cortes de impostos. Entre a primeira semana de greve, em maio, e a semana passada, a queda foi de R$ 0,41 por litro, segundo dados da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis).

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O secretário executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix, negou, porém, possibilidade de aumento do subsídio para cobrir os efeitos da alta do dólar. “Não há espaço no orçamento da União para colocar mais do que os R$ 9,5 bilhões que foram colocados no programa de subvenção”, disse em entrevista após leilão de contratos de petróleo do pré-sal nesta sexta.

Pelos próximos 30 dias, o preço médio do diesel vendido pela Petrobras passa a ser de R$ 2,2964 por litro, apenas R$ 0,0752 abaixo do recorde atingido no dia 23 de maio, no início dos protestos dos caminhoneiros. O reajuste no preço de venda nas refinarias será maior na região Centro-Oeste (14,4%) e menor no Sudeste (10,5%).

Além do repasse da alta do dólar, o novo valor considera ressarcimento às empresas pelo período em que o desconto não foi suficiente para cobrir a diferença entre o preço tabelado pelo governo e as cotações internacionais. Desde o dia 23, o desconto de R$ 0,30 vinha sendo insuficiente -na quinta-feira, a diferença superou R$ 0,50 por litro. Nesta sexta, com a adoção dos novos preços, volta a R$ 0,30 por litro.

 

Fonte: Folha Press/Cidade Verde

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