Connect with us

DESTAQUES

‘Não há possibilidade de cancelar o Enem 2017’, diz Inep após operação contra fraudes

Publicado

em

O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) disse nesta quarta-feira (8) que descarta cancelar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2017 após operação da Polícia Federal (PF) no Ceará prender quatro pessoas suspeitas de participar de fraudes em concursos públicos. Não há indícios de fraude no Enem 2017, segundo a PF.

O Inep afirma que trabalha em parceria com a PF. “Não há, portanto, possibilidade de o Enem 2017 ser cancelado já que as ações da Polícia Federal estão alinhadas com o Inep e o MEC. É importante, neste momento, que os participantes mantenham a calma para a aplicação do segundo dia de provas no próximo domingo, 12 de novembro”, afirma o Inep.

Em nota, o instituto responsável pela aplicação do Enem disse ainda que “apesar da parceria, o MEC e o Inep não irão comentar” a Operação Adinamia. Na tarde desta quarta-feira, a Polícia Federal afirmou que prendeu quatro pessoas suspeitas de fraudar o Enem 2016 e outros concursos públicos: duas pessoas foram presas em Fortaleza e outras duas na cidade de Lavras da Mangabeira, Região do Cariri, no Sul do Ceará.

O governo diz que, no primeiro domingo de provas, dois delegados da Polícia Federal fizeram parte do grupo estratégico de monitoramento do Exame, coordenando, de dentro do Inep, as equipes que atuavam no monitoramento em diversos pontos do país.

Além disso, o órgão lembrou que, no segundo semestre de 2017, o Inep anulou o resultado de 13 participantes do Enem 2015 e 2016 envolvidos em fraudes, que perderam o direito às vagas nas Instituições de Ensino Superior onde já estavam matriculados.

Publicidade

“A operação batizada como “Jogo Limpo” foi deflagrada pela Superintendência Regional no Maranhão e foi dividida em duas fases. A primeira apurou os casos de 2015 e a segunda fase, os casos de 2016. A Polícia Federal chegou às quadrilhas e aos participantes a partir do fornecimento de dados do Inep”, informa o órgão.

Operação no Ceará

A quadrilha presa no Ceará nesta quarta-feira (8) teve acesso antecipados às provas do Enem 2016, segundo informou a equipe da Polícia Federal em Juazeiro do Norte responsável pela investigação do caso. Conforme a policial Hyolanda Leite, houve participação de fiscais do Enem no esquema criminoso, que envolve rompimento de lacres dos envelopes que contêm as provas. De acordo com a PF, os fiscais suspeitos de participação no crime no ano passado estão afastado do exame neste ano.

Nesta quarta-feira, quatro pessoas foram presas suspeitas de integrarem a quadrilha envolvida em fraudes em concursos públicos e no Enem. Conforme a Polícia Federal, até o momento, não há indícios de fraudes ocorridas no Enem 2017.

Ainda conforme a Polícia Federal, além dos quatro presos, há mais de 20 pessoas suspeitas de envolvimento no esquema, mas não há provas suficientes para pedir a prisão deles. “Fizemos as prisões de hoje para prevenir qualquer fraude ao Enem em andamento, diz Welington Santiago da Silva, delegado regional de Combate e Investigação ao Crime Organizado da PF.

PF investiga fraudes no Enem no Piauí, Ceará e Paraíba

PF investiga fraudes no Enem no Piauí, Ceará e Paraíba

Núcleos de atuação

Além do Ceará, a investigação ocorre no Piauí e na Paraíba, com atuação mais forte na região Cariri, no Sul do Ceará. “Tem três núcleos mais fortes: Fortaleza, Barbalha e Lavras da Mangabeira. Os chefes da organização provavelmente são de Fortaleza, mas os demais também têm uma atuação bastante forte e importante na organização criminosa”, diz a delegada

Publicidade

“As prisões ocorridas nesta quarta são resultados do aprofundamento de uma investigação realizada em 2016, uma vez que a partir da prisão em flagrante dos candidatos e nós conseguimos obter mais informações e chegar aos patamares superiores dessa organização criminosa”, acrescentou Welington Santigo.

R$ 90 mil por candidato

A quadrilha cobrava até R$ 90 mil aos candidatos do concurso, que procuravam principalmente o curso de medicina. Eles vão responder por lavagem de dinheiro, organização criminosa e fraude a processos seletivos e concursos públicos.

Segundo o policial federal Cláudio Luz, o esquema de acesso antecipado às provas foram descobertas por meio de interceptação telefônica.

Fonte: G1

Publicidade
Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS