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DESTAQUES

Pé de frango é encontrado por até R$12,90 em mercado no Piauí

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Pé de frango. Coração. Moela. Vísceras. Embutidos. Macarrão instantâneo. Alimentos com valor nutricional questionável estão cada vez mais presentes na mesa do brasileiro, e não é por preferência de sabor. A disparada do preço da carne e alimentos frescos trouxe de volta o tempero pronto e cortes menos “nobres” no frigorífico.

Em Teresina, em um mercadinho do bairro Ininga, zona Leste, o pé de frango é encontrado por até R$12,90 o quilo, assim como o coração bovino, que já é encontrado por R$13,39 o quilo em um supermercado da zona Sul. “Está tudo caro. Não é de hoje que vem aumentando o preço das coisas. Mas vai ter uma hora que não vai dar mais para comer mesmo”, revela Maria das Dores Alencar, dona de casa.


Coração bovino encontrado em supermercado da capital. Crédito: Lucrécio Arrais.

Coração bovino encontrado em supermercado da capital. Crédito: Lucrécio Arrais.

Para se ter ideia, em 2012, com R$12,90 era possível encontrar o quilo do patinho moído, com um valor proteico mais expressivo que o pé de frango. Hoje o quilo de patinho pode ser encontrado por até R$42,70 nos supermercados de Teresina.

Em um comparativo com o salário mínimo é possível perceber a desvalorização do real e o aumento no preço dos alimentos. Em 2012, a moeda brasileira tinha maior valor real em relação ao dólar e o salário mínimo era de R$622,73. Em 2021, com a forte crise financeira que assola o país, o mínimo equivale a R$1.192,40.

Vísceras, como a moela, também estão em alta nos supermercados. Crédito: Lucrécio Arrais.

Vísceras, como a moela, também estão em alta nos supermercados. Crédito: Lucrécio Arrais.

Outro fator que impulsiona a crescente no preço dos alimentos é o valor dos combustíveis. Com o diesel a preço recorde, sendo encontrado no Piauí por até R$5,679 o litro, a distribuição de itens alimentícios também fica mais cara, impactando diretamente no sobre preço.

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Alimentação mais cara impacta o nutricional 

De acordo com a nutricionista clínica Larisse Coutinho, o povo brasileiro está deixando de consumir alimentos mais saudáveis por causa do preço. Além disso, os consumidores estão aderindo aos mais baratos, onde o valor nutricional é insignificante.

Produtos industrializados ganham espaço. “As pessoas estão aderindo ao refrigerante ao invés de suco ou fruta. Usando macarrão instantâneo ao invés de macarrão tradicional. Os prejuízos para a saúde são imensos, como diabetes, hipertensão, obesidade dentre outras doenças”, revela.

Larisse Coutinho, nutricionista clínica, orienta o consumo de proteínas magras. Crédito: Lucrécio Arrais.

Larisse Coutinho, nutricionista clínica, orienta o consumo de proteínas magras. Crédito: Lucrécio Arrais.

Larisse explica que o consumo de frutas e verduras é essencial para um indivíduo com a nutrição adequada. Para driblar os preços, ela orienta pesquisar e buscar os produtos da época. “Alimentos da safra são bem mais em conta que os outros que não estão na safra”, revela.

Temperos industrializados e macarrão instantâneo são procurados como opções mais baratas. Crédito: Lucrécio Arrais.

Temperos industrializados e macarrão instantâneo são procurados como opções mais baratas. Crédito: Lucrécio Arrais.

Sobre o pé de frango, a nutricionista explica que o alimento não deve ser condenado, sendo inclusive uma boa fonte de colágeno. No caso das vísceras, quem têm ácido úrico elevado deve evitar o consumo. “O ideal é consumir a proteína mais saudável possível, sem gordura, como peito de frango, peixe e cortes de carnes que possam estar mais baratos. Para melhorar o valor nutricional, as preparações de forma grelhadas, assadas no forno e ao molho são as mais indicadas”, finaliza.

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Fonte: Meio Norte

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