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Pesquisadores do Piauí criam máscaras respiratórias à base de amido de milho em impressoras 3D

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Pesquisadores da Universidade Federal do Piauí em parceria (UFPI) e Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar), em parceria com cientistas de outros estados, desenvolveram uma máscara respiratória biodegradável reutilizável, à base de amido de milho, que pode ser produzida em impressoras 3D domésticas. Mais de 400 mascaras já estão sendo usadas por profissionais de saúde do Piauí no combate ao novo coronavírus.

Segundo o físico, pesquisador e idealizador do projeto Gildário Lima, proprietário da startup que está confeccionando as unidades, a máscara é produzida de material biodegradável, o bioplástico PLA [plástico de poliácido láctico] feito de amido de milho de uso comum em impressoras 3D.

“Usamos plástico porque é uma matéria fácil e pode ser feita por qualquer impressora 3D doméstica. Uma conseguem fabricar em média de 3 a 4 máscaras por dia. Uma startup sediada em Parnaíba montou um coletivo de 40 impressoras, o que nós chamamos de fazenda, e estão produzindo uma média de 50 máscaras por dia que serão distribuídas na rede de saúde do estado”, disse.

Pesquisadores do PI criam máscara biodegradável que pode ser feita em impressoras 3D domésticas — Foto:  Gildário Lima/Arquivo pessoal

Pesquisadores do PI criam máscara biodegradável que pode ser feita em impressoras 3D domésticas — Foto: Gildário Lima/Arquivo pessoal

Os testes laboratoriais da máscara foram feitos no Núcleo de Pesquisa em Biodiversidade e Biotecnologia (BIOTEC), da Universidade Federal do Delta do Parnaíba (UFDPar). O filtro de melhor resultado testado foi o de algodão promovendo a mesma proteção que a máscara N95. O filtro pode ser usado de oito a dez horas consecutivas, passado esse período o profissional deve descartar o filtro e higienizar a máscara com álcool a 70% ou soluções com água e sabão.

Segundo Gildário Lima, a máscara gera uma economia muito grande, porque cada profissional vai usar apenas uma máscara durante toda a campanha.

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“Com a impressão doméstica para quem tem a impressora, a máscara custará R$ 15. Já na impressão em larga escala na impressora 3D profissional, para fazer 10 mil unidades, cada uma custará R$ 60, porque há outros valores embutidos”, contou.

Pesquisadores do PI criam máscara biodegradável que pode ser feita em impressoras 3D domésticas — Foto: Gildário Lima/Arquivo pessoal

Pesquisadores do PI criam máscara biodegradável que pode ser feita em impressoras 3D domésticas — Foto: Gildário Lima/Arquivo pessoal

De acordo com o pesquisador, a Secretaria Sanitária de Saúde do estado aprovou nessa quarta-feira (15) as máscaras e pretende viabilizar a confecção de 5 mil unidades para serem distribuídas na área da saúde.

Ainda segundo o pesquisador Gildário Lima, o projeto é filantrópico e tem o intuito de atender profissionais da saúde de todo o estado. “Recebemos doações da Federação das Indústrias do Estado do Piauí (Fiepi) e do Serviço Social do Comércio (Sesc) que possibilitarão a confecção de 1 mil máscaras dessas, 400 já estão em uso por profissionais da saúde de várias cidades outras 600 serão entregues na próxima semana em Luís Correia e Cajueiro da Praia e outras regiões de Parnaíba”, explicou.

Máscaras feitas em impressoras 3D vão atender profissionais de saúde. — Foto:  Gildário Lima/Arquivo pessoal

Máscaras feitas em impressoras 3D vão atender profissionais de saúde. — Foto: Gildário Lima/Arquivo pessoal

A pesquisa é resultado do trabalho voluntário de pesquisadores e profissionais das áreas como Química, Física, Farmácia, Enfermagem, Engenharia e Biomedicina de universidades dos estados de Mato Grosso do Sul, Sergipe, Goiás e Espírito Santo. A solução já começa a ser replicada em países como EUA, Portugal, Espanha, Itália e República Tcheca.

Fonte:  G1 PI

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