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Piauí registrou mais de mil casos recentes de hanseníase; é o 5º do País

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O Brasil é o segundo país do mundo com maior número de casos de hanseníase, atrás apenas da Índia. E o Piauí é o quinto Estado do país com mais registros da doença.

Segundo a supervisora de hanseníase da Secretaria da Saúde do Piauí (Sesapi), Eliracema Alves, do início de 2018 a março de 2019, o Piauí registrou 1.009 casos novos, 59 deles acometem crianças ou adolescentes menores de 15 anos. Em 2017, foram 935 notificações.

“Isso indica que tem adultos que estão doentes e não estão tratando, demonstra a atividade da doença. Uma criança de quatro anos com hanseníase, já com garras (deformidades) nas mãos e nos pés, indica a falta de tratamento da doença”, diz a supervisora.

Estados com mais casos de hanseníase no Brasil:
1 – Mato Grosso
2 – Maranhão
3 – Pará
4 – Pernambuco
5 – Piauí
6 – Tocantins

Eliracema explica que a hanseníase atinge primeiramente os nervos dos braços, pernas e da face. Ela enfatiza que o tratamento cura a doença, mas deve ser iniciado o quanto antes para evitar as sequelas.

“O tratamento é diferenciado de acordo com a fase da doença. Na inicial, são seis doses do medicamento em seis meses – uma dose assistida por mês – e mais 28 doses diárias de antibiótico. Na fase mais adiantada, o tratamento é de 12 meses. Após o término, o paciente é considerado curado”, esclarece.

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Sintomas da hanseníase
– Dores locais: nas articulações, no pé ou nos olhos
– Na pele: bolha, erupções, nódulos, pequena saliência, perda de cor, vermelhidão ou úlceras
– Sensorial: formigamento, redução na sensação de tato ou perda da sensação de temperatura

A supervisora acrescenta que durante a ação do antibiótico no corpo podem haver reações, chamadas reações hansênicas, que são tratadas com corticoides.

“O mais importante é que tem que ter compromisso, envolvimento da família. Ainda existe muito preconceito. A cada dia, percebemos que o preconceito está mais enraizado”, alerta Eliracema Alves.

Ela diz ainda que a medicação para o tratamento da hanseníase é dispensada gratuitamente em toda a rede pública, sem qualquer dificuldade. “Em caso de sintoma, deve-se procurar o serviço de saúde, quanto mais cedo, melhor”, finaliza.


Jordana Cury
Com informações do Notícia da Manhã
cidadeverde.com

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