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Filha de picoense, que vive nos EUA, relata preocupação com possível surto do Coronavírus

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A epidemia do novo coronavírus, batizado pela Organização Mundial da Saúde como Covid-19, tem gerado uma certa desestabilidade mundial, pois pelo menos 40 países em todo o mundo já possuem casos confirmados da doença, que surgiu em dezembro de 2019 na China.

Desde seu surgimento, as autoridades brasileiras têm dito na imprensa que o brasileiro não precisa se preocupar, pois as providências estão sendo tomadas para que se contenha a doença, a fim de que um surto nacional não aconteça.

Durante os dois meses que se passaram, nesta quarta-feira (26) foi divulgado o primeiro caso confirmado da doença no Brasil. O doente é um idoso de 62 anos que esteve na Itália durante o mês de fevereiro. Além dele estar em quarentena, cerca de 30 pessoas de sua família, que o visitaram quando o mesmo chegou de viagem, estão em observação.

Como era de se esperar, desde os primeiros casos da doença na China e em outros países da Ásia, Europa e América do Norte, os brasileiros iniciaram a criação dos chamados “memes”, que são sátiras, em grande número, sobre problemas sérios.

“O brasileiro não perde a piada” e “O brasileiro não tem limites” são duas das frases que muito têm classificado a nação que busca brincar ou amenizar questões sérias. Contudo, um limite deve ser posto? Ou apenas deve-se seguir a vida “com leveza e diversão”?

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Não é assim que pensam os norte-americanos, por exemplo, segundo informou ao Cidadesnanet a carioca Kely Souza, 34 anos, que é filha da picoense Florismar, com quem viveu toda a sua adolescência no município. Há 5 anos ela reside na Pensilvânia, Estados Unidos da América, com seu esposo, o jornalista Sabino Lima, e seus dois filhos. Ela disse que o país está a viver dias de muita tensão, enquanto os brasileiros se divertem com a situação.

Família inicia estoque de água e alimentos (Imagem: Sabino Lima)

“A gente ri dos memes. Brasileiro tem que ser estudado. Rimos sabendo que não é certo. Esse vírus não é brincadeira. Aqui não se brinca com isso não. Só os brasileiros mesmo. Aqui todos tratam a questão com muita seriedade”, disse ela.

Segundo ela, todos têm se preparado para um possível surto da doença no país. “Por enquanto estamos tranquilos na medida do possível. Mas as escolas já emitiram um pequeno alerta de que, caso chegue aqui o vírus, as escolas e comércios serão fechados. Já estão se esgotando as máscaras nos mercados e no Amazon o preço para comprar máscaras está o triplo do valor. Nós já estamos estocando água e comida em casa, porque, se o vírus chegar, teremos quarentena e ninguém poderá sair de casa”, destacou.

Prateleiras começam a ficar vazias (Imagem: Sabino Lima)

A brasileira falou ainda que, caso as escolas e comércios parem, afetará a economia, pois, diferente dos brasileiros que recebem o salário mensal, lá os trabalhadores são pagos por hora trabalhada. Ela ressaltou ainda a preocupação que todos estão vivenciando quanto ao preço da vacina que está sendo estudada, a fim de ser criada para contenção e prevenção do novo Coronavírus.

“Estamos preocupados quanto ao comércio, salário. Aqui a gente recebe nosso pagamento a cada hora trabalhada. Ao final do dia, conforme as horas trabalhadas, é aquele valor X que será pago. Então, se a gente não trabalha, a gente não recebe. Diferente do Brasil que, se o comércio parar, o patrão tem que pagar o salário do mesmo jeito. Outra preocupação nossa é quanto à vacina que será criada para combater o vírus. A indústria farmacêutica vai lucrar muito com a vacina. Hoje ele [Trump] falou que a vacina não sairá barata. Essa situação já tem afetado as bolsas de valores, que tiveram uma queda enorme”, pontuou.

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Kely falou que os casos registrados de pessoas infectadas pelo Coronavírus estão presos em bases militares aéreas, isolados. Preocupada, a mãe da jovem, segundo ela, passa o tempo tentando convencer a filha a retornar ao Brasil com a família.

Kely e sua família

“Minha mãe é muito preocupada. E eu a entendo. Tenho filhos e isso nos preocupa. Mas é algo do qual não podemos fugir. Enquanto isso, a gente vai tomando as medidas de precaução”, concluiu.

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