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Quatro políticos no Piauí já foram citados pela Lava Jato

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Desde que foi deflagrada, a Operação Lava Jato já atingiu quatro políticos do Piauí. Entre nomes citados em delações premiadas ou constando em listas de doações de empreiteiras, as suspeitas de envolvimento no esquema recaem sobre o governador Wellington Dias (PT), o prefeito Firmino Filho (PSDB), o senador Ciro Nogueira (PP) e o deputado federal Heráclito Fortes (DEM).

Os mais citados são Ciro Nogueira e Heráclito Fortes. Cada um deles apareceu em pelo menos duas situações no escândalo de corrupção da Petrobras. Wellington Dias e Firmino Filho foram citados uma vez, na ocasião em que a lista da Odebrecht, com os nomes de 200 políticos, foi publicada.

Ciro Nogueira

O presidente do PP e senador Ciro Nogueira teve o nome citado a primeira vez em dezembro de 2014, na delação premiada do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, que apontou o piauiense como um dos envolvidos diretamente no esquema. O dinheiro retirado da ilegalmente da Petrobras teria sido utilizado para reforçar o caixa do partido.

Em julho de 2015, a Polícia Federal cumpriu mandado de busca na residência do senador em Brasília. O objetivo era evitar que provas importantes pudessem ser destruídas.

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Ciro foi citado pela segunda vez na lista da Odebrecht, que consta possíveis repasses para mais de 200 políticos de 18 partidos. Os documentos apreendidos na 23ª fase da Lava Jato estavam com Benedicto Barbosa Silva Júnior, presidente da Odebrecht Infraestrutura.

O piauiense aparece como sendo solicitante/responsável por uma quantia de R$ 200 mil, mas o valor pago foi R$ 160 mil, no dia 2 de setembro de 2010. O CNPJ e uma conta bancária do político também constam no documento.

Em sua defesa, Ciro afirmou que acompanhou as denúncias de Paulo Roberto Costa com perplexidade. Ele chegou a garantir que renunciaria ao mandato, se não provasse sua inocência. Sobre a lista da Odebrecht, o senador não se manifestou à época.

Heráclito Fortes

O deputado federal Heráclito Fortes também foi citado duas vezes, sendo uma delas esta semana, na delação do ex-presidente da Transpetro Sérgio Machado. O piauiense e outros nomes do PMDB, PT, PP, DEM, PSDB e PSB teriam recebido propina de empresas que tinham contrato com a Transpetro.

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A primeira vez que o nome do deputado apareceu foi na lista da Odebrecht. O documento consta de uma planilha na qual Heráclito seria solicitante/responsável da quantia de R$ 100 mil, tendo sido pago R$ 80 mil no dia 28 de setembro de 2010. O documento traz ainda um número de CNPJ e uma conta da Caixa Econômica Federal.

Naquela ocasião, o deputado garantiu que as doações eram legais e que as contas de campanha já haviam sido aprovadas. Com a nova denúncia, Heráclito prometeu abrir o sigilo bancário e telefônico à Procuradoria-Geral da República (PGR) e classificou como ‘malucas’ as declarações do delator Sérgio Machado.

Prefeito e governador

O prefeito Firmino Filho foi citado uma vez na lista da Odebrecht, em pelo menos duas planilhas. A primeira com os valores de “150,00” (associado a maio de 2012) e “350,00” (referente a “proj 2014”), totalizando “500,00”. Na segunda tabela ele é identificado como candidato a prefeito.

Foto: Marcela Pachêco/ODIA

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Firmino nega que tenha recebido valores sob qualquer forma da Odebrecht, a qual não consta na relação de doadores da campanha tucana em Teresina no ano de 2012. O prefeito alega, ainda, que a construtora investigada na “Lava Jato” nunca teve obras ou relação contratual com a prefeitura, durante suas gestões.

O nome de Wellington Dias aparece na mesma lista, associado ao número “300,00”, escrito em uma das planilhas com caneta de tinta vermelha.

O governador afirmou que também não recebeu doação da empresa Odebrecht e estranhou a presença do seu nome. Wellington disse que o Estado nunca teve relação com a empreiteira, e que nunca a empresa, ou alguma de suas subsidiárias, realizou obras no Piauí durante seu Governo.

Por: Nayara Felizardo\portal O Dia

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