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Secretário pede orientação à Justiça sobre quem investigará ação de PM que matou criança
O Secretário de Segurança do Piauí, Fábio Abreu, disse na tarde desta quinta-feira (4) que acionou o Tribunal de Justiça do estado para pedir orientações sobre a investigação da abordagem da Polícia Militar que resultou na morte da menina Emilly Caetano da Costa, de 9 anos. A polêmica acontece porque dois inquéritos foram abertos, um na Delegacia de Homicídios e outro na Corregedoria da Polícia Militar.
O impasse começou porque no dia que o crime aconteceu a Polícia Militar baixou uma portaria informando que crimes praticados por militares deveria ser investigado pela polícia judiciária militar, mas esta portaria usa como base leis que tratam apenas de militares das Força Armadas e não policiais militares. Paralelamente a esta publicação, a Delegacia de Homicídios abriu um inquérito e investiga o caso.
“Nós fizemos esta consulta na tarde de quarta-feira através da corregedoria da Polícia Civil junto com o Tribunal de Justiça. Como temos interesse na elucidação deste caso, os dois inquéritos continuam tramitando. Estive reunido com o comandante geral da Polícia Militar e com o delegado geral para tomar as devidas providências no caso de apresentar os policiais que ainda não foram ouvidos pela Polícia Civil, assim como a Civil vai apresentar as testemunhas que não foram ouvidas pela PM. Os dois inquéritos seguem para o mesmo local que é o Tribunal de Justiça e de lá a justiça vai julgar”, disse Fábio Abreu.
Antes da entrevista do secretário de segurança, o comandante da Polícia Militar afirmou ao G1 que em nenhum momento agiu com corporativismo ao baixar a portaria.“Vamos deixar claro para a população que não existe corporativismo. Nós não imputamos pena, apenas apuramos e enviamos ao poder judiciário”, esclareceu.
Polícia divulga vídeo da abordagem
A Delegacia de Homicídios divulgou, na tarde desta quarta-feira (3), vídeos da abordagem que resultou na morte da menina Emilly Caetano da Costa, de 9 anos.
Ao assistir às imagens registradas por câmeras de segurança, a mãe da criança, Daiane Caetano, relembrou a noite de 25 de dezembro quando o carro em que ela e a família foram atingidos por policiais militares do 5° Batalhão de Polícia Militar (BPM) na Zona Leste de Teresina.
Cinco tiros dos policiais atingiram carro
Ao todo os militares relataram que dispararam cinco vezes contra o veículo e duas vezes para o alto. Dois dos disparos atingiram as costas menina, a mãe foi atingida no braço, e o pai da criança, o cantor Evandro Costa, de 31 anos, foi atingido na cabeça e perdeu a audição.
Após o crime descobriu-se que o soldado Aldo Dornel não passou no exame psicológico e que estava na Polícia Militar, mesmo sem uma liminar que o amparasse, segundo a Associação dos Magistrados Piauienses (AMAPI).
Fonte: G1
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