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SUPERAÇÃO | Conheça a história da autônoma de Pio IX que manteve autoestima e venceu a luta contra o câncer

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Autoestima, fé e perseverança são qualidades em pessoas que buscam vencer na vida. Todas essas virtudes foram peças-chave para que Erika Alencar, da cidade de Pio IX, superasse os desafios impostos pelo câncer.

Dois casos já foram registrados na família tendo como alvos sua avó materna e também sua mãe que sofreram com câncer de mama, denominado carcinoma duktal invasivo. Por conta disso, Erika sempre se manteve atenta e cuidadosa fazendo acompanhamento preventivo periodicamente com exames de mamografia a cada seis meses. Mesmo assim algo inesperado chegaria.

O início da batalha

Foi então que além da avó e de sua mãe, Erika foi mais um alvo na família. No decorrer dos exames preventivos, de ultrassonografia e mamografia, descobriu um nódulo e de imediato o médico requisitou a biópsia. Em uma semana o diagnóstico foi confirmado: o mesmo tipo de câncer que acometera em outrora mãe e avó. Era ainda o ano de 2019.

Erika Alencar quando foi diagnosticada com câncer (carcinoma duktal invasivo) – Foto: Arquivo Pessoal gentilmente cedido ao Cidades na Net

Firme e positiva, Erika declarou que sempre teve plena convicção que o tratamento seria um sucesso. “Não me vitimizei em nenhum momento […] acho que meus amigos e minha família ficaram mais impactados e inseguros do que eu”, contou.

Em meio a firmeza e segurança, surgiu um inimigo por perto: o medo. Ela conta que em alguns momentos sentiu muito medo de perder totalmente a parte do corpo onde foi diagnosticado: a mama e o mamilo.

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Na incerteza ela deixou, abaixo de Deus, nas mãos dos médicos para que decidissem o melhor caminho.

“Eles optaram por fazer uma quadrantectomia, quando é feita apenas a retirada de um quadrante”.

O tratamento rendeu-lhe algumas mudanças no corpo ao longo das 8 sessões de quimioterapia e das 30 radioterapias. “Durante o tratamento de quimioterapia fiquei fragilizada porque o corpo sofre várias alterações, desde o mal-estar de cada sessão, até a perda do cabelo, dos cílios, sobrancelhas, etc”, disse.

Erika durante o período das sessões de quimioterapia e radioterapia – Foto: Arquivo Pessoal

Mesmo em meio ao medo que as vezes batia sua porta, Erika revelou que sorria muito mais do que chorava.

“Tinha uma força dentro de mim que só podia ser de Deus. Então a torcida era pra chegar ao fim”.

O câncer para Erika trouxe à tona o valor do abraço, da empatia e o poder da oração. “Nunca escondi a doença. O câncer pra mim foi a doença do abraço. Às vezes as pessoas me abraçavam sem que eu as conhecesse e me abordavam na rua para dizer que estavam rezando por mim. Então, fui agraciada por muito amor”, revela.

O Sistema Único de Saúde (SUS) talvez tenha sua importância despercebida por muitas pessoas, mas para Erika que fez seu tratamento em Teresina, capital do Piauí, o Sus tem um lugar especial, de gratidão.

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“Fantástico! Super organizado. Atendimento e medicação em dia. Nunca me faltou nada”.

A força da fé

Mulher católica, crente em Deus e no Senhor Jesus Cristo, a filha de Francisco Alves de Oliveira e Anísia Maria de Alencar se manteve na fé e na Igreja como sempre fez ainda muito antes da doença.

Confiante, não deixou que seus pais ficassem apreensivos e sempre procurou passar segurança. “Desde o começo passei muita segurança e fé no tratamento, tanto para meus pais, meus irmãos, meus dois filhos, primos e amigos”, disse a autônoma.

No apego às forças divinas, a irmã, Ariadne de Alencar Oliveira, que reside no Estado do Paraná, na época, fez uma promessa e mandou fazer várias touquinhas para serem distribuídas com as colegas de tratamento de Erika. Do gesto de empatia nasceu e permaneceu a amizade. “Ficamos amigas até hoje”.

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Motivação

Os três anos percorrendo mais de 400 quilômetros indo de Pio IX a Teresina serviram de exemplo para pessoas enxergarem a doença de forma menos assustadora e mortal. Hoje segue a vida normal em sua cidade natal junto com os familiares e amigos.

“Eu acho que ajudei muitas mulheres porque pude passar uma experiência dolorida, porém encorajadora. Acho que depois dessa minha luta (do câncer), as pessoas passaram a ver essa doença de forma menos assustadora e mortal, com maior chance de sucesso no tratamento sem dar muita importância ao visual e aos comentários. Eu sempre estou à disposição para conversar e ajudar mulheres que se encontram nessa situação, como sempre estive, para trocarmos experiências, dúvidas, medos e superações”, frisou.

Mensagem de fé

A recomendação e mensagem que Erika deixa é “descobriu a doença? encare, escancare e levante a cabeça. A luta é grande, e são precisos mais de 2 anos de dedicação pra que você tenha sucesso no tratamento”.

A boa nova, a da cura, foi recebida agora em 2022, ocasião em que houve a retirada do catéter que “eu havia implantado no início pra tomar as quimioterapias”.

Segundo os médicos, as revisões ocorrerão a cada ano (anuais).

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