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VILA NOVA | Criança de 11 anos contrai Covid, é entubada e necessita de transferência urgente para Teresina

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A criança Maria Sophia da Silva, de 11 anos de idade, está passando por um momento crucial em sua vida e necessita, com urgência, de sua transferência para uma unidade de terapia intensiva pediátrica em Teresina, após contrair a covid – 19 e apresentar sintomas complexos ao caso.

Maria Sophia é natural de Vila Nova do Piauí, cidade localizada a 360 km da capital do Estado e reside na zona rural, em Salgadinha, com sua avó materna e seu pai. A criança apresentou o primeiro sintoma da Covid na semana passada, dia 20, onde atestou febre. Uma tia medicou-lhe com antitérmico e, durante toda a semana, acompanhou o andamento da saúde da criança, que sempre informou estar bem e sem febre.

Contudo, nesta quarta-feira (26), a menina começou a apresentar sintomas de desnorteamento (não reconhecendo algumas pessoas ou situações), alucinações e fraqueza. O quadro agravou-se na madrugada desta sexta-feira (28) e seus familiares a conduziram a Unidade Básica de Saúde – UBAS em Vila Nova, onde foi realizado teste para a Covid-19 e foi positivada para a doença.

Ao chegar na unidade de saúde, e apresentando agressividade, a menina foi encaminhada com urgência para o Hospital Regional Justino Luz em Picos, onde foram realizados diversos exames de sangue e de imagem, mas nenhum deles mostrou o que havia com a criança.

Segundo uma de suas tias, a senhora Evaneide, a situação tem causado preocupação na família e nos médicos, pois as taxas sanguíneas estavam em ordem e a criança não apresentou nenhum comprometimento do pulmão, contudo, seu quadro tem se agravado e teve que ser entubada na noite deste sábado (29).

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“Nós estamos apreensivos, pois não sabemos ao certo o que ela tem. Acreditamos que a doença afetou o sistema neurológico dela, pois, do nada, ela perdeu o reflexo, o movimento dos pés e mãos desacelerou e ela ficou um tanto agressiva. Ela estava reconhecendo pouco, não conseguia levantar os pés. A máscara dela caiu e ela não conseguiu pegar. Ela não tinha equilíbrio algum no corpo e isso foi se agravando rápido, de maneira que não deu tempo nem os médicos realizarem exames mais detalhados”, relatou a tia da criança.

Agora, a necessidade maior é de que a criança seja encaminhada para uma UTI pediátrica na capital, contudo, com o alastramento da doença, a regulação tem sido mais difícil. Os familiares da Maria Sophia apelam para que as autoridades se comovam e facilitem essa transferência.

Segundo a assessoria de comunicação do Hospital Regional Justino Luz, o caso é complexo e a possibilidade é a de que a criança possui algum problema neurológico.

“Foi relatado pelo pediatra que a criança possui ataxia, confusão mental e agressividade. Até o momento, não há um diagnóstico fechado, mas a suspeita é de que seja problema neurológico, pois apresentou perca de memória, rebaixamento do nível de consciência. Parece ser um caso bem complexo”, informou a assessoria.

_Vida sofrida:

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Segundo a tia de Maria Sophia, a senhora Evaneide, a criança tem uma infância pesarosa, pois perdeu pessoas muito próximas, em especial sua mãe, e a mesma teve que tomar para si muitas responsabilidades que podem ter acarretado algum problema psicológico que não foi identificado.

“Ela é uma criança que sabe ler, estuda, tem as responsabilidades dela, sabe fazer as coisas em casa, cuida do irmão dela. Mas ela também é uma criança sofrida. O avô, com quem ela vivia, morreu em 2017. A mãe dela sofria de um problema na coluna e ficou paralítica por três anos, e ela viu tudo aquilo, carregou o fardo de ver a mãe em uma cadeira de rodas. A mãe dela morreu agora em 2020 e, para completar, a avó paterna faleceu ano passado. Então ela tomou para si muitas responsabilidades, entre elas, o cuidado para com o irmão de seis anos. Foi muita coisa para ela. A gente ajudava, mas não é a mesma coisa”, relatou a tia da criança.

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