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Acusado de matar funcionário dentro de supermercado diz que não agiu de forma premeditada

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Dorival Ferreira de Almeida participa nesta segunda-feira (29) da audiência de instrução e julgamento no Tribunal do Júri, onde é acusado do homicídio de Sidivaldo Bacelar, em julho de 2017. Câmeras de segurança gravaram o momento em que a vítima foi assassinada a tiros dentro do supermercado onde trabalhava, no bairro Dirceu Arcoverde, Zona Sudeste de Teresina.

Segundo a família de Sidivaldo, a audiência é uma conquista, já que amigos e familiares aguardam há quase dois anos pelo julgamento.

“Não vai trazer meu tio de volta, mas é um conforto pra gente, alivia a dor no coração”, disse a sobrinha da vítima, Jéssica Bacelar, ao G1.

Sobrinha de Sidivaldo diz que julgamento é início da justiça pela morte do tio. — Foto: Gilcilene Araújo/G1

Sobrinha de Sidivaldo diz que julgamento é início da justiça pela morte do tio. — Foto: Gilcilene Araújo/G1

Na audiência de hoje, sete testemunhas de acusação e seis de defesa foram intimadas a depor. Dentre as testemunhas de acusação está a ex-mulher do acusado que, segundo a polícia, também era um dos alvos do acusado no dia do crime.

Depoimentos

Um amigo da vítima falou, em depoimento, que Sidivaldo havia dito a ele, dias antes do crime, ter recebido ameaças e estar com medo de ser morto.

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A ex-companheira da vítima, em depoimento, disse ter recebido uma ligação do acusado dias antes do crime, pedindo a ela que afastasse o marido de sua esposa. Dias depois, ela disse ter encontrado nos pertences da vítima o endereço de Dorival, ligando para ele em seguida, no intuito de evitar uma tragédia.

“Mas ele disse para eu não me preocupar, porque ele faria algo com meu marido antes. Pedi a ele que não fizesse nada, mas falei com ele pela manhã e à tarde ele matou meu marido”, disse ela.

A defesa ainda não se pronunciou sobre a audiência. Até as 11h30, seis testemunhas de acusação já tinham sido ouvidas e uma delas faltou à sessão. Não há previsão para o fim da sessão, que é presidida pelo juiz Antônio de Reis Nolleto.

O crime

O coordenador da Delegacia de Homicídios, Francisco Costa, o Barêtta, informou à época do crime que o homem planejava matar também a ex-mulher, que trabalhava no mesmo supermercado que Sidivaldo, mas no dia não conseguiu encontrá-la. Imagens de câmeras de segurança registraram o crime

Vídeo mostra assassinato em supermercado de Teresina

Vídeo mostra assassinato em supermercado de Teresina

“Antes de matar o funcionário do supermercado, o suspeito chegou a ligar para a ex-mulher, que também trabalha no mesmo estabelecimento da vítima. Ele pedia que ela pudesse descer para conversar, mas ela se recusou e por isso não foi morta também”, explicou.

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Para a polícia, o crime teria sido premeditado. Segundo o Barêtta, o homicídio era planejado desde janeiro de 2017, quando o suspeito, já identificado, comprou uma arma.

Polícia Civil no local do crime, na Zona Sudeste. — Foto: Ellyo Teixeira / G1

Polícia Civil no local do crime, na Zona Sudeste. — Foto: Ellyo Teixeira / G1

“No dia 2 de janeiro deste ano o suspeito flagrou a ex-mulher com a vítima dentro de um motel no Dirceu. Aí ele arrombou a porta e os dois fugiram por uma porta lateral. Chamaram a polícia e ele fugiu”, relatou Barêtta. De acordo com o relato do delegado a partir de então o suspeito teria começado a premeditar o crime.

“Quando foi no dia 8 de janeiro ele comprou um revólver e ficou premeditando o crime. Ela chegou a fazer um registro na delegacia da mulher na zona sudeste”, enfatizou o delegado.

A premeditação teria se estendido até o dia do crime. “Quando foi no dia do crime ele chegou e pegou uma cestinha de mão fingindo que estava comprando uns produtos, enquanto o rapaz trabalhava normalmente”, acrescentou o delegado.

Fonte: G1
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