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Allisson Wattson ainda não foi julgado um ano após morte de Camilla

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Mais de um ano depois do assassinato da jovem estudante de direito, Camilla Abreu, o capitão da Polícia Militar do Piauí, Allisson Wattson, que já confessou o crime, ainda permanece sem punição, tanto na esfera criminal como na administrativa.

Em fevereiro deste ano, a Corregedoria da Polícia Militar decidiu pela expulsão do capitão dos quadros da corporação. Cabendo ao governador Wellington Dias, após decisão do Tribunal de Justiça do Estado, exonerar o militar.

  • Foto: Instagram/Allisson WattsonAllisson WattsonAllisson Wattson

Três meses depois, o processo de exoneração foi enviado ao Tribunal de Justiça do Estado onde permanece ainda sem uma conclusão. O relator é o desembargador José Francisco. Enquanto o julgamento não acontece, o capitão continua recebendo salário de R$ 9 mil.

Na parte criminal, Allisson foi pronunciado, em abril deste ano, para ir a julgamento pelo Tribunal Popular do Júri pelos crimes de feminicídio qualificado por motivo fútil (intenso ciúme da vítima) e recurso que impossibilitou a defesa da ofendida, ocultação de cadáver e fraude processual. A defesa do capitão tentou por duas vezes anular a sentença de pronúncia, mas não obteve êxito. Desde então, o julgamento nunca foi marcado.

O que pensa a família

O GP1 conversou com a advogada da família de Camilla, Ravenna Castro, que explicou que o julgamento sobre a expulsão deve acontecer ainda no mês de janeiro: “O processo de expulsão vai ser designado para pauta em janeiro. A gente não tem a data, mas sabe que vai ser em janeiro”, afirmou.

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Já em relação ao processo criminal, a advogada disse que a demora consiste em recursos que foram apresentados pela defesa do capitão: “O processo criminal está aguardando a decisão de alguns recursos ajuizados pela defesa de Wattson, porque eles recorreram da sentença de pronúncia e a gente está aguardando os resultados desses recursos. Assim que tiver o resultado, que a segunda instância negar, a juíza Zilnar vai marcar a audiência do Tribunal do Júri”, declarou.

A família também entende que a demora é uma questão de seguir os procedimentos necessários da Justiça: “A gente entende que é questão procedimental, o judiciário que está abarrotado de processos, e até fica feliz com o regular trâmite porque a gente tem que esperança de que ele vá realmente expulso em janeiro e que ele vá a Júri Popular, logo esse ano de 2019. Até que o processo, ao nosso ver, comparado a quantidade de processos que tem no TJ e no fórum é um processo que está tramitando regularmente, que ta andando no fluxo dos procedimentos, respeitando os prazos processuais”, relatou.

O crime

A estudante de direito, Camilla Abreu, desapareceu no dia 26 de outubro de 2017. Ela foi vista pela última vez em um bar no bairro Morada do Sol, zona leste de Teresina, acompanhada do namorado e capitão da PM, Allisson Wattson. Após o desaparecimento, o capitão ficou incomunicável durante dois dias, retornando apenas na sexta-feira (27) e afirmou não saber do paradeiro do jovem.

  • Foto: Facebook/Camilla AbreuCamilla AbreuCamilla Abreu

A Delegacia de Homicídios, coordenada pelo delegado Barêtta, assumiu as investigações. No dia 31 de outubro, a Polícia Civil confirmou a morte da jovem. Já na parte da tarde, Allisson foi preso e indicou onde estava o corpo da estudante.

Na manhã de 1º de novembro, o corpo da estudante foi enterrado sob forte comoção no cemitério São Judas Tadeu. No laudo cadavérico, foi concluído que a jovem foi arrastada antes de morrer.

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O capitão virou réu na Justiça depois que a juíza de direito Maria Zilmar Coutinho Leal, da 2º Vara do Tribunal do Júri, recebeu denúncia do Ministério Público. Em abril, a juíza pronunciou o capitão para ir a julgamento pelo Júri Popular.

Fonte: GP1

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