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Aluna da Uespi varre sala após greve dos funcionários da limpeza por falta de pagamento

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Um vídeo mostra uma estudante varrendo a sala de aula da Universidade Estadual do Piauí, do campus Clóvis Moura, no bairro Dirceu, Zona Sudeste de Teresina, pela ausência de funcionários de serviços gerais, que paralisaram as atividades há uma semana por falta de pagamento. Além disso, a instituição enfrenta a falta de quase 600 professores em diversos cursos e problemas de estrutura.

Nas imagens, a aluna limpa a sala que se encontra bastante suja, enquanto a outra estudante responsável por gravar o vídeo reclama da ausência de funcionários para realizar a limpeza do campus. Durante o vídeo, elas relatam que os funcionários estão há meses sem receber salário e por isso não estão trabalhando.

Aluna varre sala de aula da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) — Foto: Reprodução

Aluna varre sala de aula da Universidade Estadual do Piauí (Uespi) — Foto: Reprodução

As alunas alegam ainda, que funcionários terceirizados do serviço de segurança da universidade também ameaçam interromper as atividades pela ausência de pagamento. A Secretaria de Fazenda (Sefaz) informou que há atrasos e que está buscando resolver junto à empresa.

De acordo com o diretor social do Sindicato dos Terceirizados do Piauí, Tiago Reis Silva, os servidores estão três meses sem salários. Ao todo, 230 funcionários atuam nos dois campi da Universidade Estadual do Piauí em Teresina.

“Na verdade, estamos há três anos nessa situação, com pagamento sempre em atraso. Além dos salários, os servidores estão quatro meses sem receber o vale alimentação”, disse o diretor.

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Ausência de professores e falta de estrutura

Uespi tem 600 disciplinas sem professor

Uespi tem 600 disciplinas sem professor

A Universidade Estadual do Piauí está com mais de 600 disciplinas sem professores em vários campus. Atualmente são 21.489 estudantes e 900 professores, mas a necessidades de mais 500 docentes.

De acordo com a Associação dos Docentes do Ensino Superior do Piauí (ADCESP), em São Raimundo Nonato são apenas dois professores no curso de geografia e em Bom Jesus são apenas três professores no curso de pedagogia. Em cada um desses casos seriam necessários pelo menos mais seis professores.

A coordenadora geral da ADCESP, Rosângela Assunção, informou que o governo não deu previsão de quando serão contratados novos professores e ainda quer distribuir os profissionais entre as disciplinas desfalcadas.

“Nós do sindicato, nos posicionamos contrários a decisão. Denunciamos que se fosse mandado o projeto para a Assembleia Legislativa do Piauí sem antes um discussão entre professores, colegiados e conselhos superiores estariam praticando um crime contra a autonomia da universidade”, disse.

Por conta da falta de professores, alunos estão tendo que pagar disciplinas junto de turmas de outros cursos para não ficarem sem aula. “A turma de agronomia está pagando uma disciplina de química, junto com minha turma por falta de professores. Nós estamos sem professor de matemática e não tivemos a mesma sorte, não conseguimos uma turma para pagarmos juntos”, disse a estudante de química, Raila Kelly.

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Segundo o pró-reitor de Administração da Uespi, Pedro Antônio Soares, os ajustes no que diz respeito a problemas de estrutura estão sendo resolvidos.

“Vemos com muita preocupação a questão das disciplinas em aberto e estamos fazendo o possível para resolver essa questão. A solução inicial é a contratação de novos professores efetivos, mas limitações Lei de Responsabilidade Fiscal [LRF] nos impede. Há também a possibilidade de contratação de professores substitutos, mas há uma lei que impede a contratação para além dos 20% do total de efetivos. Hoje estamos com 21% desse percentual, portanto, estamos acima do que estabelece a legislação. Nesse sentido foi constituído uma comissão formada pelo Governo do Estado, administração superior e sindicato para discutir as possíveis saídas, uma delas é a possibilidade de alteração desse dispositivo da lei que estabelece os 20%”, explicou.

Fonte: G1

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