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Anamnese mal feita aumenta chance de falso negativo em teste, diz CRF

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O presidente do Conselho Regional de Farmácia (CRF), Luiz Junior, afirmou nesta terça-feira (12) que o teste rápido, por si só, não pode ser considerado o principal foco de resultados falsos negativos. Segundo ele, se a anamnese (diálogo com o paciente) não seguir o protocolo do Ministério da Saúde, a chance de erro é grande.

“Em relação ao falso negativo, o problema em si não é o teste rápido. Os problemas as vezes são anamneses mal feitas ou mesmo a ausência da anamnese. O que é isso? Sair testando aleatoriamente a população. Para se ter uma efetividade nesses testes é obrigatório ser feita anamnese, que nada mais que é um protocolo pré-estabelecido pelo Ministério da Saúde para se determinar a linha de corte”, explicou durante entrevista à TV Cidade Verde, ressaltando que profissionais podem realizar os testes em farmácias.

“Os testes rápidos, para serem utilizados no país, eles têm liberação prévia da Anvisa, onde é testada sua eficácia e exatidão. O que acontece é a má aplicação do teste. O teste rápido deve ser aplicado por um profissional de saúde, seja o médico ou um farmacêutico bioquímico, como já vinha acontecendo em hospitais e laboratórios, ou agora pelo farmacêutico clínico na drogaria ou farmácia de manipulação”, acrescenta.

Luiz Junior afirma que há 3 cenários onde os testes rápidos podem ser realizados. “O paciente que tenha sintomas há 8 dias, ele pode fazer o teste que aumenta extremamente a possibilidade de dar um resultado do que se espera. Outro cenário são os pacientes afastados do trabalho por suspeita. Aquele que apresentou febre, tosse e coriza foi afastado previamente do trabalho e tem que ficar 8 dias afastado, mais 3 dias sem sintomas, esse paciente só pode fazer o teste no 10º dia do primeiro sintoma. E temos o terceiro caso: o cidadão que tem quase certeza que entrou em contato com paciente contaminado e precisa fazer o seu teste para tirar a sua dúvida. Na anamnese o farmacêutico vai fazer essa linha de corte em 20 dias”, destaca.

O presidente explica ainda que a margem de erro alta dos testes rápidos pode ser considerada uma pseudoverdade.

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“Em relação aos testes rápidos, essa margem de 70% de erro é uma pseudoverdade, pois ela não é de responsabilidade diretamente dos testes, ela é uma responsabilidade da anamnese do profissional farmacêutico. A contagem de dia precisa ser clara e verdadeira. O paciente na ansiedade pode pular informação, o que não será bom para ele, pois o teste não dirá o que realmente ele tem. Fazendo a anamnese correta, o corte temporal é quem vai dizer quando o paciente precisará voltar. Aí você terá um teste perto de 90% da exatidão”, afirma.

Teste deve ser feito em sala isolada

Para ser realizado nas farmácias, Luiz Junior explica que o local precisa ter uma sala isolada de atendimento com todos os protocolos de segurança do profissional como paciente.

“A drogaria deve ter uma sala isolada e o teste deve ser feito nesse local. A paramentação é mais exigida que em laboratório, como óculos de acrílico, máscara, jaleco, luvas e o avental descartável. Esse paciente vai ser devidamente orientado”, finalizou.

Hérlon Moraes
cidadeverde.com

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