Connect with us

NOTÍCIA DESTAQUE

Animais e funcionários do HVU passam por exames após cavalo morrer com doença de mormo

Publicado

em

A Clínica de Grandes Animais do Hospital Veterinário Universitário, da Universidade Federal do Piauí (UFPI), segue interditada desde 18 de julho, depois que um cavalo morreu após ser diagnosticado com a doença de mormo. Outros animais passaram por exames para saber se foram infectados. Os profissionais que estiveram no local também serão avaliados.

Mormo é uma doença causada por bactéria transmitida por secreções do nariz, boca, olhos, fezes e urina de cavalos. Ela pode contaminar o ser humano e até matar. Devem ser submetidos a exames quase 20 animais internados na clínica e os 23 estudantes residentes e os funcionários que estavam no local no período em que o cavalo doente esteve internado.

“Nós não sabemos quando vai ser liberado, mas os profissionais, que estiveram no local enquanto o animal esteve por lá, passarão essa semana por exame médico no Instituto de Doenças Tropicais Natan Portela”, contou Cecília Guimarães, coordenadora de epidemiologia da Adapi.

Materiais de animais foram coletados para exames — Foto: Reprodução/TV Clube

Materiais de animais foram coletados para exames — Foto: Reprodução/TV Clube

Segundo a coordenadora, foram coletados materiais para avaliação dos animais, mas é necessário um segundo exame para ter certeza da contaminação ou não dos animais.

“Já foi feita a coleta do material para diagnóstico dos animais que estão na clínica. O resultado chega no prazo de 15 dias. No período de 21 a 30 dias faremos uma segunda coleta, porque precisamos de dois resultados negativos e só depois de receber esses resultados fazemos a desinterdição do local”, disse.

Publicidade

O local segue interditado e proibida a circulação de pessoas. “Quando demos início a interdição é proibido a saída e entrada de qualquer animal, o trânsito de pessoas e carros não autorizados, exatamente para evitar a disseminação da doença”, explicou Cecília Guimarães.

Fiscalização

Para o coordenador de Sanidade Equina da Agência de Defesa Agropecuária do Piau (Adapi), Cléber Neiva, a universidade deveria ter exigido um documento que identificasse a rota pela qual o animal percorreu até chegar na clínica.

A Fundação Municipal de Saúde (FMS) tem preocupação com o contagio de humanos. A última vez que foi confirmada a circulação de mormo no estado foi há mais de 10 anos.

A direção do Hospital Veterinário da UFPI informou que a guia de trânsito não foi solicitada, porque quando o animal chegou foi apresentado um exame negativo para a doença.

Diagnóstico

A preocupação com os animais da clínica começou no mês passado, com a chegada de um cavalo reprodutor de um grande haras de Teresina avaliado em R$ 400 mil. O animal apresentou sintomas de mormo foi isolado dos demais. Ao chegar no local, ele apresentou sintomas da doença, mas depois de realizados exames a suspeita da doença foi descartada.

Publicidade

“Fizemos o exame para verificar se ele estava como a doença de mormo, mas foi descartada. Nós iniciamos um tratamento para uma broncopneumonia, uma doença respiratória. Tratamos do animal durante sete dias através de antibióticos, mas a doença foi evoluindo e ele apresentou uma secreção hemorrágica, então pedimos um segundo teste, que confirmou a doença e teve que ser sacrificado”, explicou o médico veterinário Rosvaldo Duarte, do Hospital Veterinário Universitário .

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS