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Caatinga recebe tecnologia para combater a falta de chuvas

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O Projeto No Clima da Caatinga (NCC), da Associação Caatinga, avançou e iniciou nova etapa na propagação do uso de tecnologias sustentáveis em comunidades do Ceará e Piauí. Patrocinado pela Petrobras por meio do Programa Petrobras Socioambiental e Governo Federal, o projeto dissemina as tecnologias com o objetivo de facilitar a adaptação das famílias sertanejas ao semiárido.

Para Gilson Miranda, Coordenador de Conservação do No Clima da Caatinga, o objetivo do uso das tecnologias sustentáveis, além de facilitar a vida dos moradores da região, permite a conservação da Caatinga. “A nossa proposta é contribuir para a mitigação de efeitos potencializadores do aquecimento global, a adaptação climática de comunidades envolvidas, a proteção dos recursos hídricos, das florestas e do tatu-bola por meio de ações de conservação do nosso bioma”, destacou.

A Caatinga é uma das regiões semiáridas mais populosas do mundo, o que aumenta a demanda de acesso a água em um ambiente que naturalmente tem um baixo índice pluviométrico quando comparada com outras regiões e que concentra toda a chuva em poucos meses do ano. Por conta disso, como a temperatura é sempre quente, a absorção do solo é mais difícil, sendo importante o aproveitamento de cada gota de água, já que esses moradores devem gerenciar esse recurso natural durante os oito meses de seca.

Para a construção do sistema bioágua, cinco famílias do Piauí já foram escolhidas: três na comunidade Jatobá Medonho, uma em Caldeirão e a outra no Assentamento Jurema. Com a etapa de escavação dos buracos e compra do material já concluídas, a construção já foi iniciada na comunidade de Jatobá Medonho. Para garantir um melhor aproveitamento dessa tecnologia, serão oferecidos treinamentos à população.

O sistema bioágua e os ODS 

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A tecnologia do sistema Bioágua Familiar consiste num processo de filtragem por mecanismos de impedimento físico e biológico dos resíduos da água cinza, ou seja, a água recolhida da pia, máquina de lavar e chuveiro. Esta água de reuso será utilizada em um sistema fechado de irrigação destinado à produção de hortaliças, frutas, plantas medicinais, jardins etc.

Além do reaproveitamento hídrico, o sistema bioágua também contribuiu para a segurança alimentar e geração de renda para comunidades rurais do semiárido. Portanto, a inserção dessa tecnologia sustentável e a capacitação da população fazem com que o projeto cumpra quatro ODS (Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) estabelecidos pela ONU, são eles: erradicação da pobreza, fome zero e agricultura sustentável, igualdade de gênero e água potável e saneamento.

Projeto no Clima da Caatinga

As ações de restauração florestal, educação ambiental e de tecnologias sustentáveis do projeto No Clima da Caatinga já recuperaram 16 nascentes e 69 hectares de reservas legais e áreas de proteção permanente entre o Ceará e o Piauí. Três novas reservas naturais foram criadas e duas tecnologias sustentáveis certificadas. No total, 3300 famílias foram envolvidas, mais de 1600 pessoas capacitadas em tecnologias sustentáveis e 500 educadores em ações de educação ambiental sensibilizando mais de 20 mil alunos de 40 comunidades diferentes.

Fonte: cidadeverde.com

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