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‘Campeões’ do calor: piauienses dão dicas para enfrentar as altas temperaturas

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O Piauí é comprovadamente o estado mais quente do Brasil, segundo os registros do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Segundo o climatologista Werton Costa, apesar de estados como Mato Grosso e Tocantins sofrerem com picos de calor extremamente elevados, no Piauí a temperatura alta permanece durante todo o ano.

“A última atualização do cadastro de temperaturas do Inmet, atualizada a cada 30 anos, mostram que as manchas de calor permanecem estacionadas sobre o Piauí por mais meses do que nos outros estados, o que configura o Piauí como estado mais quente”, disse.

De acordo com Werton, o Piauí também apresenta os menores índices de umidade e os maiores índices radioativos e de insolação. “No mês de outubro é possível que outros estados consigam se equiparar ou ultrapassar o Piauí em relação ao calor, mas no restante do ano o Piauí é o mais quente”, destacou.

Além disso, o Piauí ainda registra altos picos de temperatura, principalmente durante o B.R.O-Bró (apelido dado ao período de meses cujo nome terminam com a sílaba BRO), quando o estado enfrenta temperaturas acima dos 40ºC.

Piauienses dão dicas de como amenizar o calor

Combinar ventilador e vaporizador ajuda a minimizar o calor — Foto: Ely Venâncio/EPTV

Combinar ventilador e vaporizador ajuda a minimizar o calor — Foto: Ely Venâncio/EPTV

Essa liderança conferiu aos piauienses uma experiência diferenciada sobre como lidar com as altas temperaturas e baixa umidade. O G1 conversou com alguns piauienses, que compartilharam suas dicas para driblar o calor durante o ‘B.R.Ó Bró’, para ajudar os moradores de outras regiões do país.

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A dica do arqueólogo João Victor Bittencourt é estar bebendo água, seja dentro ou fora de casa, sempre que possível. Ao sair de casa, ele não esquece do protetor solar e ainda leva uma sombrinha, companheira fiel do teresinense.

“Para quem pode, evitar sair em horários mais quentes. Para baixa umidade, toalhas úmidas estendidas na casa e o uso de soros fisiológicos nas narinas, que até para lavar o rosto ajuda na hidratação da pele”, disse o arqueólogo João Victor.

Bia Magalhães, vocalista da banda Bia e os Becks, conta como faz para enfrentar o calor do B.R.O-Bró em Teresina — Foto: Divulgação

Bia Magalhães, vocalista da banda Bia e os Becks, conta como faz para enfrentar o calor do B.R.O-Bró em Teresina — Foto: Divulgação

A cantora Bia Magalhães, da banda Bia e os Becks, conta que ela usa diversas estratégias aumentar a umidade do dar dentro de casa e conseguir amenizar o calor sem ter que recorrer ao aparelho e ar condicionado, e assim gastar menos. Segundo a Equatorial Energia, as contas de energia costumam subir de 6% a 12% durante o período, em Teresina.

“Para quem não tem um umidificador, é interessante espalhar bacias de águas pela casa e colocar uma garrafa de água congelada por trás do ventilador para resfriar o ambiente”, sugeriu Bia Magalhães.

Mau-estar associado ao calor

Com a chegada da temporada de altas temperaturas e da baixa umidade relativa do ar no Piauí, os piauienses costumam sofrer com a sensação conhecida como ‘disautonomia’, apelidada no estado como ‘passamento’: tontura, visão turva e até desmaios causados pela alta temperatura.

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A autônoma Missiane Nascimento contou que sofre para conseguir cumprir compromissos durante o B.R.O-Bró. “Essa semana eu quase passei mal na fila de um banco. A gente fica ‘desfalecida’, né?”, relatou Missiane.

A professora Bruna Carvalho disse que as máscaras, que a protegem contra o coronavírus, têm feito aumentar a sensação de falta de ar. “Sinto náuseas, enjoos, calafrios e com o uso das máscaras, acabo ficando mais sufocada e piorando minha situação”, afirmou a professora.

Segundo o cardiologista Elisiário Cardoso, pessoas de todas as idades estão suscetíveis do mal-estar causado pelo calor. “Associado ao calor, como também a vida na pandemia da Covid-19, estresse e falta de hidratação, até pessoas mais jovens podem ter desmaios e mal-estar”, disse. “Em idosos, estudos já mostram que o calor pode aumentar a incidência de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e a viscosidade do sangue”, explicou o cardiologista.

Fonte: G1 PI

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