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Clima de tensão e revolta marca audiência de acusado de matar Camilla Abreu

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A juíza Maria Zilnar Coutinho, da 2ª Vara do Tribunal Popular do Júri, preside nesta sexta-feira (23) a audiência de instrução e julgamento do ex-Policial Militar Alisson Wattson, acusado de matar com um tiro na cabeça a namorada Camilla Abreu em outubro de 2017. O clima é de grande tensão e revolta devido às declarações da defesa do acusado, que tentaram desqualificar a vítima.

Ao início dos depoimentos, o advogado do ex-PM, Pitágoras Veloso, informou que não estava preparado para a audiência, pois teria assumido o caso no dia anterior. O advogado disse ainda que não foram convocadas testemunhas de defesa do acusado. Ele pediu o adiamento, mas a juíza indeferiu o pedido.

Revolta

Causou revolta a todos os presentes, em especial à família e aos amigos de Camilla, a afirmação por parte da defesa de que a jovem seria garota de programa e que recebia dinheiro do namorado. Perguntas relacionadas ao assunto foram indeferidas pela juíza e as testemunhas não responderam.

O advogado de defesa questionou ainda as amigas da jovem sobre sua vida íntima e seus relacionamentos. A juíza considerou que os temas não eram pertinentes ao caso e também indeferiu as perguntas.

Amiga de Camilla Abreu foi ouvida pela juíza (Foto: José Marcelo/G1)

Amiga de Camilla Abreu foi ouvida pela juíza (Foto: José Marcelo/G1)

A audiência vai servir para que a juíza decida se o acusado vai responder pelo crime no tribunal popular do júri, que julga crimes contra a vida. Ele é acusado de matar a namorada depois de sair com ela e uma amiga na noite no dia 25 de outubro.

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A primeira testemunha ouvida é amiga de Camilla que estava com ela no dia do crime. Ela relatou que Alisson ligou várias vezes pra ela depois do desaparecimento de Camilla e aparentemente estava tranquilo.

Segundo ela, todos estavam desesperados com o sumiço e ela perguntou a ele se ele não iria procurar a namorada “e ele disse que não podia porque estava com o filho. E disse para eu parar de chorar, bem tranquilo”, afirmou a testemunha. Ela disse ainda que o ex-PM era agressivo com a namorada, chegou a apontar uma arma para ela e que Camilla costumava mandar fotos demonstrando muito tristeza para ela.

Muitas pessoas acompanharam a audiência no Tribunal Popular do Júri (Foto: José Marcelo/G1)

Muitas pessoas acompanharam a audiência no Tribunal Popular do Júri (Foto: José Marcelo/G1)

A segunda testemunha era uma amiga de Camilla que costumava sair com o casal. Ela disse que o rapaz já havia sido agressivo com a namorada diversas vezes e que costumava fazer questão de demonstrar que andava armado. “Um dia ele foi com ela na minha casa e lá ele pegou a arma da cintura e botou em cima do armário. Depois eles foram embora e ele esqueceu a arma, dois minutos depois ele voltou e pegou. Ele sempre gostou de mostrar que estava armado”, declarou.

O lavador de carros Marcelo Barroso foi a terceira testemunha ouvida. Ele afirmou que o acusado levou seu carro para lavar e que sentiu um cheiro forte no veículo, tendo visto ainda manchas de sangue no tapete e no banco de trás. Ele contou ainda que no momento não sabia quem era Alisson e que o reconheceu ao ver sua foto na imprensa. No momento da lavagem, ele disse Alisson afirmou ter socorrido dois amigos em um acidente e por isso o sangue no carro.

Foram ouvidos ainda o dono de um posto de lavagem, que também prestou serviço a Alisson. Segundo ele, o ex-PM contou a mesma história relatada ao lavador de carros. A outra testemunha é o dono de uma loja que vendeu a Alisson o banco do carro que ele trocou após o crime. A polícia divulgou imagens, logo após a morte da garota, que mostravam Alisson no local.

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Desaparecimento

Capitão da PM é acusado de matar a estudante Camilla Abreu (Foto: Reprodução / Facebook)

Capitão da PM é acusado de matar a estudante Camilla Abreu (Foto: Reprodução / Facebook)

A jovem desapareceu na madrugada de 26 de outubro. Segundo a polícia, na noite anterior ela e o namorado se encontraram na faculdade onde ela estudava e saíram para um bar com uma amiga. Depois de deixar a amiga em casa, no Vale do Gavião, os dois ficaram sozinhos e Camilla não foi mais vista.

Após cinco dias de buscas o corpo da jovem foi encontrado na saída de Teresina, depois que o suspeito confessou o crime e apontou o local onde havia deixado a namorada morta. Dias antes, próximo ao local, o celular da jovem foi encontrado. O ex-PM alegou, segundo a polícia, que Camilla morreu com um tiro acidental no rosto, mas a polícia questiona a versão. Ele foi preso em 31 de outubro e permanece até então.

Fonte: G1

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