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Conheça a educadora física, professora, empresária, artista, vaqueira e atleta que se destaca no cenário de Pio IX

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Aline Alencar, 33 anos, natural da cidade de Pio IX-PI, vem se destacando e mostrando talentos, habilidades, força e delicadeza através das redes sociais e conquistando um grande público que acompanha diariamente o seu trabalho.

A piononense, filha de João Paulo e Francisca Modestina é professora e educadora física, empresária, vaqueira, atleta de jiu-jitsu e tem como hobby a música.

Em entrevista a redação do Cidades na Net, Aline Alencar, contou um pouco sobre a sua história. Logo de início a questionamos sobre qual o segredo para conciliar todas essas atividades.

Aline Alencar (Foto: Arquivo Pessoal)

“O segredo é gostar muito, pois o esforço é grande, mas super vale a pena. É muita coisa envolvida, é amor, dedicação, compromisso, responsabilidade. Nada vem fácil principalmente quando parte para o lado FEMININO, ainda existe muito preconceito nas mais diversas áreas, principalmente no esporte, pois a maioria é rotulado como esporte para homens, mas esquecem que o lugar da mulher é onde ela quiser!”, afirmou.

Desde muito cedo Aline começou a se dedicar a atividades esportivas, jogou capoeira, fez karatê, participou de times de vôlei e handebol, mas foi através do futsal que começou a disputar em autos níveis, participou de Olimpíadas Universitárias pela UFPI de Teresina, e também integrou a seleção de Pio IX.

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Recordações de Aline no Karatê (Foto: Arquivo da Família)

Através da sua afinidade pelo esporte, ela decidiu se formar em educação física, hoje a sua área de atuação profissional. Aline atua como professora de educação física em escolas do município e de cidades vizinhas, atende como personal trainer e também trabalha na sua própria empresa, a Bio Fitness Academia, em Pio IX.

A professora Aline Alencar e alunos (Foto: Arquivo Pessoal)

A jovem que prioriza e cultiva vínculos familiares, têm na sua família grandes influencias, pois através do incentivo e seguindo os passos da sua mãe, surgiu o interesse pela música, bem como vendo o pai e os seus tios participando de vaquejadas, despertou a sua grande paixão pela arte de derrubar boi.

“A minha relação com a música vem de muito cedo, cresci vendo a minha mãe tocar e cantar em rodas de violão, desde então me interessei por instrumentos. Ela me incentivou e me ensinou a tocar violão”, frisou.

Aline Alencar e sua mãe Francisca Alencar (Foto: Arquivo Pessoal)

A ‘Aline Vaqueira’ conta que a vaquejada sempre fez parte da sua vida, desde a infância carregava um sentimento pela prática esportiva, e ao retornar a sua cidade natal, decidiu ingressar no ramo.

(Foto: Arquivo Pessoal)

“Eu cresci vendo meu pai e meus tios correndo vaquejada, mas ainda muito nova fui morar em Teresina e perdi o contato com a vaquejada. Ao retornar para minha cidade Pio IX, escutei falar nas “tropas femininas” comecei a montar e foi onde tive o apoio dos meus tios vaqueiros Kineto e Cristiano, do meu pai, e também de um senhor chamado Duda, um vaqueiro experiente da região. Eles foram os meus maiores incentivadores”, explicou.

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Aline Alencar e seu pai João Paulo (Foto: Arquivo Pessoal)

Participação em Vaquejada (Foto: Arquivo Pessoal)

Aline considera a prática da vaquejada uma das suas maiores paixões, e dentro da arena ela se encontra. Ao longo do tempo cultiva boas amizades, emoções, premiações e recordações.

Seguindo tradições, ela faz parte de uma família católica, participa de encontros do EJC e ressalta que a fé está presente na sua vida de forma incondicional e dentro da pista antes de qualquer coisa ela pede proteção Deus e esquece o mundo lá fora.

Encontro Religioso (Foto: Arquivo Pessoal)

Aline na pista derrubando boi (Foto: Arquivo Pessoal)

“A vaquejada representa um esporte pelo qual possuo muito respeito e admiração. Eu sempre rezo antes de entrar na pista, peço proteção a Deus e que seja feita a vontade dEle. Tento entrar concentrada e calma, esqueço tudo que tá lá fora, dentro da pista só existe pra mim: eu, o cavalo, o boi e meu esteira. Mas, confesso que a adrenalina vai a 1.000 (mil)”, conta.

Medalhas e troféus fazem parte de uma coleção que Aline guarda com muito carinho na sua casa, nas mais diversas modalidades em que já competiu. Eles representam todas as vezes que tentou superar seus próprios desafios, as vezes que subiu ao pódio e lhes incentiva na busca de novas aventuras.

Como sempre participei de competições conquistei muitas premiações, mas os títulos mais importantes pra mim, derrubando boi, foi na disputa das 10 melhores do circuito ABRAVA, onde me classifiquei em 5º lugar e rachamos o prêmio de uma moto. Outros títulos que me marcaram foi ser bicampeã na vaquejada de Inhuma PI e disputar o primeiro lugar da Vaquejada do Matheus com umas das melhores vaqueiras do Brasil, a Cariline Silva”, diz.

Títulos na Vaquejada

Medo de opiniões não faz parte do seu roteiro, Aline incentiva o público feminino a praticar da vaquejada, a acreditar no seu potencial e a fazer as suas próprias escolhas. A vaqueira destaca que mesmo em meio ao preconceito e desvalorização, as mulheres estão ocupando novos espaços com êxito e mostrando elas podem tudo.

Aline e amigas vaqueiras (Foto: Arquivo Pessoal)

“O cenário atual para a categoria feminina ainda não é o que merecemos, infelizmente existe preconceito e desvalorização, premiações baixas, muitas vaquejadas nem colocam a categoria feminina. Mas as coisas vêm mudando, as mulheres estão mais unidas e reivindicam seus direitos. Tivemos recente a live das Melhores Vaqueiras do Brasil na cidade de Altinho PE, que bateu todos os recordes de visualizações da vaquejada brasileira. É uma luta diária por espaço e reconhecidamente, mas chegaremos lá”!, afirma.

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A pouco menos de um ano, Aline Alencar, começou a praticar jiu-jitsu na ZR Academia, e relatou que logo nas suas primeiras conquistas subiu ao pódio na primeira colação.

“O jiu é um esporte muito bonito e ético, onde o respeito e a disciplina são à base do esporte. Logo na primeira competição consegui ouro na minha categoria e no absoluto. Na segunda, novamente conquistei ouro na categoria e vice-campeã no absoluto, o que me motiva mais ainda a continuar e conquistar novos títulos. E não poderia deixar de citar meus professores Whautier Melo e Tiquinho Pinheiro por todos os ensinamentos e por acreditarem em mim”, disse.

Aline e seus professores Whautier Melo e Tiquinho Pinheiro (Foto: Arquivo Pessoal)

Atualmente Aline Alencar, a @alinepioix possuí 29,9 mil seguidores no Instagram, pessoas essas que acompanham o seu trabalho, dedicação ao esporte e sua vida social.

Nas suas publicações, estão os retratos da sua trajetória. Elas mostram à coragem da vaqueira e o amor pelos cavalos, a força da lutadora, as habilidades da jogadora, a dedicação da professora, o talento da mulher que canta, a determinação da empresária, e a simplicidade e alegria de uma mulher batalhadora que busca superar os seus próprios medos e que incentiva as pessoas a alcançarem os próprios sonhos.

“Eu fui criada aprendendo a ter RESPEITO pelas pessoas independente do que são, do que gostam de fazer. E é assim que todo mundo deveria agir. A mulher já mostrou que ela pode ser o que ela quiser, está onde ela quiser. A caminhada muitas vezes não é fácil, mas com persistência e humildade se vence tudo!”, finaliza.


Clique aqui e confira: Aline Alencar @alinepioix

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Confira as imagens:

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