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Conselheiro explica decisão do CFM de uso da cloroquina em casos leves de covid-19

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O Conselho Federal de Medicina (CFM) liberou a prescrição da cloroquina e da  hidroxicloroquina para pacientes em estado leve e moderado do novo coronavírus, sem os médicos possam ser punidos. Anteriormente, os médicos poderiam prescrever o medicamento apenas para casos graves da doença. O médico Leonardo Luz, conselheiro do Conselho Regional de Medicina do Estado do Piauí (CRM-PI), diz que vê a autorização com “bons olhos”.

“Há poucos dias fizemos uma recomendação no qual o médico não comete infração ética ao prescrever a cloroquina para pacientes com covid-19 confirmada.  O que muda é que o CFM traz o uso precoce da cloroquina e hidroxicloroquina e não só nos casos mais graves como vinha sendo colocado antes. O que se entende é que a cloroquina teria um efeito imunomodulador e faria mais sentido o uso da cloroquina em pacientes mais leves a moderados. É como se a medicação agisse antes do vírus entrar na célula do ser humano. Daí estaria justificado esse uso mais precoce”, disse o conselheiro do CRM-PI.

O médico frisa que o parecer do CFM condiciona o uso da medicação somente para casos confirmados e os pacientes ou um familiar devem assinar um termo de consentimento livre

“Todos os pacientes devem ser informados que isso é um tratamento de uso compassivo, ou seja, ele é utilizado na ausência de outro tratamento, que a gente ainda não tem um específico para a covid, aí a gente está autorizado a introduzir essas medicações. Não temos ainda estudos muito aprofundados sobre a eficácia dessa medicação. Alguns trabalhos mostraram que o paciente melhorou; outros pioraram e ainda há muitos trabalhos para saírem “, destaca Luz.

Ele acrescenta que o CRM-PI  oficiou a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) sobre a possibilidade de comercialização fracionada do medicamento.

“Uma caixa, geralmente, vem 30 comprimidos e isso daria para tratar em média cinco pacientes. Então, seria um uso racional do fármaco. O medicamento poderia ser utilizado em casa porque muitos casos leves e moderados não precisa de internação. Assim, o médico por telemedicina pode prescrever o tratamento domiciliar. Porém, ressaltamos que existem alguns cuidados em relação ao coração e é avaliado previamente se o paciente pode ou não usar essa medicação”, acrescenta o médico.

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Leonardo Luz ressalta que a medicação está em falta no mercado e está sendo comercializada apenas com receita médica para dificultar o acesso.

“Temos informações que o Governo Federal estaria disponibilizando para rede hospitalar essa medicação. A gente ainda não tem esses dados da Secretarai de Saúde do Piauí, mas o CRM cobrou para saber quanto tem de estoque aqui. Algumas farmácias manipuladas também conseguem manipular o fármaco”, conclui o médico que foi um dos pacientes curados da doença no Piauí.

Graciane Sousa
cidadeverde.com

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