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Diretora agredida por aluna no PI entrega cargo e aciona Estado na Justiça
Marilena Maria Teixeira Silva entregou o cargo de diretora da Unidade Escolar Firmina Sobreira, localizada na zona norte de Teresina. Ela foi agredida por uma estudante em dezembro do ano passado e solicitou a transferência para outra unidade em razão da insegurança e das ameaças que continuou sofrendo mesmo depois da transferência da aluna agressora.
De acordo com Jéssyca Aguiar, advogada da ex-diretora, as ameaças estariam partido de amigas da menina que continuam estudando na Unidade Escolar Firmina Sobreira.
Inconformada com a omissão do Estado em relação à segurança dos diretores e professores, bem como com a falta de assistência após o ocorrido, Marilena Teixeira decidiu ingressar na via judicial pleiteando indenização pelos danos morais e materiais suportados.
Ainda segundo Jéssyca Aguiar, a professora também vem sofrendo prejuízos financeiros, pois, deixou de receber a gratificação mensal pela função que exercia. A ação foi protocolada no dia 1º de Março de 2018 e está tramitando no Juizado Especial da Fazenda Pública.
“É obrigação do Estado preservar a incolumidade física de alunos, professores e todos aqueles que prestam serviço em escolas da rede pública enquanto estiverem no recinto do estabelecimento escolar. A relação entre a lesão sofrida pela professora Marilena e a omissão da Administração Pública decorre da falha do dever de vigilância e de zelo, quando, por negligência, o Estado permitiu que uma aluna lhe agredisse física e moralmente. E o fato da aluna ter diagnóstico de depressão não exime o Poder Público do dever de emprestar condições adequadas ao exercício do magistério, inclusive com a adoção de providências acautelatórias. Portanto, é direito da vítima buscar por Justiça.”, explica a advogada Jéssyca Aguiar Costa.
A agressão ocorreu no dia 06 de dezembro de 2017. Os vídeos gravados por alunos e pelas câmeras da escola registraram o exato momento em que a aluna derrubou a gestora no chão proferindo vários socos, pontapés, unhadas e puxões de cabelo.
Nas imagens, é possível ouvir a aluna chamando a diretora de “vagabunda” reiteradamente e ainda ameaça ao final “Eu ainda vou acabar contigo! Vagabunda!”.
A agressão ocorreu depois que a diretora chamou a atenção dos alunos sobre o uso obrigatório do fardamento escolar.
“Saí de sala em sala orientando que os alunos deveriam usar o fardamento completo. Era dia de prova no Ensino Fundamental e alguns alunos estavam de calça jeans. Para não prejudicar ninguém, autorizei que fizessem as provas, mas no dia seguinte só faria prova quem estivesse com o fardamento completo. De repente, fui surpreendida por essa aluna em um dos corredores. Ela me bateu muito, me chamou de vagabunda. Se tivesse armada teria me matado.”, disse Marilena Teixeira.
Veja o vídeo da agressão:
Fonte: Portal Az
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