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Doença inflamatória associada à Covid-19 já atingiu 11 crianças e gerou dois óbitos no Piauí

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O estado do Piauí segue em alerta, após aumento nos casos da Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica, que se dá potencialmente após associação com o novo coronavírus. De acordo com a Secretária Estadual de Saúde do Piauí (Sesapi), casos da doença em todo o estado já chegam a 11, desses, 5 estão na faixa etária de 10 a 14 anos, sendo comprovadas duas mortes pela síndrome.

O Piauí recebeu ainda cerca de seis casos confirmados oriundos do Maranhão. Ao todo, a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica já atinge 21 estados brasileiros, e no Nordeste somente a Paraíba e o Sergipe não possuem casos confirmados da doença.

O que é Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica?

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, a SIM-P (sigla para a doença), é uma doença “multissistêmica” e possui amplo espectro de sintomas, como febre persistente acompanhada de um conjunto de sintomas que podem incluir gastrointestinais, com dor abdominal, conjuntivite, exantema (rash cutâneo), erupções cutâneas, edema de extremidades, hipotensão, dentre outros. Não se verifica sintomas respiratórios em todos os casos. A SIM-P possui sintomas semelhantes à Síndrome de Kawasaki, que é quando há inflamação nas paredes de alguns vasos sanguíneos do corpo.

(Foto: Reprodução)

Relação com o novo coronavírus

O Portal PebMed, especializado em medicina, destacou que a Síndrome Inflamatória Multissistêmica Pediátrica se dá após dias ou semanas da infecção causada pelo vírus SARS-CoV-2, causador do novo coronavírus. Além das semelhanças com Síndrome de Kawasaki, há também sintomas que se assemelham às síndromes de choque associada à síndrome de Kawasaki, à síndrome de ativação macrofágica e à síndrome de choque tóxico.

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(Foto: Reprodução)

Além disso, foi notada uma maior incidência de casos em crianças mais velhas e adolescentes com a presença de marcadores inflamatórios mais exuberantes e importantes aumentos dos marcadores de lesão cardíaca.

Diagnóstico

A definição de um caso preliminar se dá após os seguintes critérios serem avaliados, de acordo com a ficha de notificação do Ministério da Saúde:

Caso que foi hospitalizado ou óbito com:

  • Presença de febre elevada (considerar o mínimo de 38ºC) e persistente (≥ 3 dias) em crianças e adolescentes (entre 0 e 19 anos de idade)
  • Dois dos seguintes sinais e/ou sintomas:
    • Conjuntivite não purulenta ou erupção cutânea bilateral ou sinais de inflamação mucocutânea (oral, mãos ou pés)
    • Hipotensão arterial ou choque
    • Manifestações de disfunção miocárdica, pericardite, valvulite ou anormalidades coronárias (incluindo achados do ecocardiograma ou elevação de Troponina / NT-proBNP)
    • Evidência de coagulopatia (por TP, TTPa, D-dímero elevados)
    • Manifestações gastrointestinais agudas (diarreia, vômito ou dor abdominal)
  • Marcadores de inflamação elevados, como VHS, PCR ou procalcitonina, entre outros
  • Afastadas quaisquer outras causas de origem infecciosa óbvia de inflamação, incluindo sepse bacteriana, síndromes de choque estafilocócica ou estreptocócica
  • Evidência de COVID-19 (biologia molecular, teste antigênico ou sorológico positivos) ou história de contato com pacientes com COVID-19.
(Foto: Reprodução)

Tratamento

De acordo com a nota de alerta emitida em agosto pela Sociedade Brasileira de Pediatria, as crianças e adolescentes com SIM-P podem apresentar rápida progressão para formas graves da doença, com insuficiência respiratória aguda, doença renal aguda, hipotensão arterial, insuficiência cardíaca aguda e choque.

O objetivo do tratamento é diminuir o estado inflamatório sistêmico e reestabelecer o funcionamento adequado dos órgãos e sistemas. A nota alerta ainda que o manejo de cada caso deve ser observado de forma individualizada, seguindo a luz da evidências atuais.

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(Foto: Reprodução)

 

Fonte: OitoMeia

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