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Em Picos, IMH promove palestra e alerta sobre riscos e cuidados com uso da internet; veja fotos

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O Instituto Monsenhor Hipólito promoveu durante manhã e tarde desta sexta-feira (14), uma palestra com tema Mil amigos virtuais: quantos reais?, ministrada pela promotora de Justiça, Itaniele Sá, da 2ª Promotoria da Infância e Juventude, realizada no auditório da escola, em Picos.

O evento é alusivo ao Dia da Internet Segura que este ano é marcado no dia 11 de fevereiro e faz parte do programa Internet Segura. O público-alvo foram alunos do 6º ano a 3ª série do Ensino Médio, sendo dividido em três momentos: o primeiro momento com alunos do 6º ao 8º ano. O segundo com alunos do 9º ano até 3ª série do Ensino Médio, ambos no período da manhã. O último contempla discentes de 6º e 8º ano no período da tarde.

A coordenadora do Laboratório de Informática, Andreia Marcos, destaca que o objetivo do programa Internet Segura se dá por conta da escola usar a tecnologia como forma de comunicação por meio das redes sociais.

“É imprescindível que os nossos alunos tenham orientações de como usam as redes sociais, a internet, e, acima de tudo usar a tecnologia de forma ética, segura e responsável. É necessário que tenham essa noção de autocuidado. Nosso objetivo é ajudar os alunos a perceberem como acessar a internet de forma positiva com cuidado. Orientamos por meio de workshop, atividades lúdicas, palestras e debates”, enfatizou acrescentando que o projeto inicia através dos professores e chega até os alunos. “Todos eles compartilham e comungam do mesmo objetivo assegurando aos nossos alunos o uso dessa tecnologia de forma responsável e ética”, ressaltou.

A ação abrange de acordo com a coordenadora, alunos e professores iniciando no dia 11 de fevereiro estendendo-se durante o ano, onde a cada bimestre, buscam alertar sobre os riscos da internet. “Essa parceria deve ser não somente na escola e sim, também com os pais. Foi tratado em reunião com os pais sobre a importância do acompanhamento, orientações e limite dos seus filhos na internet. Essa ação é uma medida preventiva porque pensamos nas famílias”, concluiu a coordenadora.

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A palestra

A palestra trabalhou a respeito das conexões virtuais, pessoais, abordando os perigos da internet, as formas de precauções e a importância de viver offline (sem conexão com a internet), bem como os cuidados que devem ser  tomados para assim evitar que pessoas venham utilizar informações e/ou dados pessoais e forma ilegal e criminosa.

Inicialmente a palestrante desenvolveu uma dinâmica com a finalidade de fazer com que os alunos trocassem de lugar no auditório, formando duplas, onde os mesmos pudessem se conhecerem entre si, ou seja, havendo entre o colega a troca de informações, um diálogo de forma presencial.

Alunos durante dinâmica no primeiro momento

“Essa dinâmica foi desenvolvida para procurar pessoas que não conversam muito e nessa interação descobrir algo em um minuto que não tivessem descoberto em muito tempo de conivência. Quando paramos para ouvir o próximo descobrimos que ele é incomparável, único e tem muito para acrescentar, e assim descobrimos afinidades”, explicou.

“Nós adultos muitas vezes somos surpreendidos por hackers e os jovens acabam ficando mais vulneráveis, principalmente se não tiver um controle familiar. É melhor dar um like para vida dos que para as relações virtuais”, orientou.

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Muitas reflexões foram debatidas a respeito da grande quantidade de amigos em rede que, na realidade, no mundo real, há um sentimento de solidão onde pessoas enfrentam dificuldades de opinar, conversar, entre outras formas de interatividade. Na reflexão a promotora e palestrante citou a frase de autoria de Danyelle Bandeira de Melo que diz: “As múltiplas ferramentas são criadas para conectar o mundo, mas as pessoas estão se afastando umas das outras”.

A indagação apresentada pela promotora sobre “O que é essencial para o ser humano?” foi mais um apontamento lançado no momento reflexivo sobre a redes virtuais, ou a internet em si. Sobre a reflexão, Itaniele enfatizou que o enxergar, compreender e o conseguir conviver com o outro, são características essenciais para o homem atualmente, e o profissionalismo futuro.

“É necessário ter habilidade para conseguir se relacionar e isso é fundamental, pois podemos ter um computador que detecte uma doença, diagnósticos médicos, mas nunca um computador vai lhe acolher, dar um abraço e nem vai dizer que você é importante e precisa ser reconhecido pela importância e demonstrar o valor pessoal. A  nossa capacidade de amar é o que temos de mais belo e lindo e precisa ser visto na era da tecnologia digital. Isso é fundamental para qualquer pessoa. Ter afetividade vai fazer toda a diferença”, disse.

Promotora Itaniele promove dinâmica com alunos no segundo momento

Outra reflexão destacada pela palestrante foi uma frase do filósofo Zigmun Bauman que diz: “No mundo virtual sempre é possível apertar o botão deletar, fornecendo a ilusão de uma forma de se expressar mais simples de manusear e de se articular”.

A metodologia utilizada pela palestrante trabalhou formas e tipos de relacionamentos, dinâmicas, reflexões (perguntas e frases) acima citados, bem como os perigos, cuidados, ferramentas como meios de proteção (denúncias), conceitos e tipificações.

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Alunos participam do terceiro momento


Perigos, riscos, cuidados com uso da internet e combate aos crimes virtuais 

Perigos

Relacionados como perigos está o Cyberbulling ou assédio virtual que consiste em um comportamento prejudicial agressivo intencional em que um mesmo indivíduo torna-se alvo da prática repetidamente e está descrito na Lei  nº 13.185/2015; abuso sexual de crianças e adolescentes na internet; exposição a conteúdos inapropriados; grooming (aliciamento de menores através da internet com intuito de buscar benefícios sexuais); publicações de informações privadas; happy slapping (tipos de agressões onde muitas vezes a vítima é segurada à força, imobilizada, retida e agredida fisicamente por co-autores enquanto o autor filma e/ou fotografa, registrando tais atos para posteriormente publica-las nas redes sociais-internet; sexting (nudes enviados – difundidos – conteúdos eróticos – fotos e vídeos enviados via mídias eletrônicas; invasão de privacidade e roubo de fotos íntimas ou arquivos pessoais, para manipulação e divulgação pela internet.

Além destes está a prática de divulgar fotos ou vídeos íntimos do casal como forma de vingança por conta do término de relacionamentos amorosos em que uma das partes não aceita o fim da relação .

Riscos

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Estudos da Universidade de Basel, na Suiça, em 2015, apontam que o uso excessivo da internet pode causar sérios danos à saúde como: privação do sono, dificuldades no aprendizado, hipertensão, problemas na saúde mental, aumento do risco de depressão, falta de foco e atenção. Outros fatores relacionados estão: esgotamento, stress, crise de irritabilidade, exaustão, cansaço, falhas de memória, frustração, perda de apetite entre outros.

Cuidados

Na era digital em que tudo é acelerado e a informação chega a toda hora são necessários muitos cuidados porque as pessoas são menos tímidas nas redes sociais. As informações postadas nas redes possuem uma capacidade de propagação de forma rápida e instantânea, podendo tornarem-se dolorosas e difícil para outrem e até mesmo para si. Um dos cuidados, conforme citado, dentre outros, é não manter o perfil da rede aberto frequentemente.

“A internet pode permitir ótimas relações, ajudar em muito nos a fazeres de um trabalho escolar ou acadêmico, enfim, desde que saibam usar. Temos que ter cuidados sobre o que está sendo exposto e para quem está sendo. Não sabemos muitas vezes quem está do outro lado, principalmente porque há perfis anônimos que não são pessoas de nossa convivência e que podem roubar, invadir e fazer uma série de coisas que venham a conhecer nossas intimidades”, salientou alertando para com cuidados em acesso de links, promoções na internet e conteúdos acessados que podem clonar dados pessoais e senhas.

De acordo com a promotora, existem vários perigos no mundo virtual, entre eles quando estão relacionados aos comportamentos sexuais como exposição de partes íntimas e nudes, que têm uma proliferação muito rápida.

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Tratando se de crimes virtuais, vale ressaltar que o Cyberbulling e o próprio bulling é regulamentado entre outros com interpretações embasadas no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). A exemplo, a pornografia infantil está prevista no ECA. “Muitas vezes a dificuldade é saber de onde partiu. Quando acontece em um menor espaço há possibilidades maiores de encontrar quem fez, mas em uma rede grande torna se mais difícil chegar ao iniciante daquela ação. De certo é que os demais propagadores têm responsabilidade por difundir aquela imagem. A responsabilidade é de todos”, ressaltou destacando também que um dos crimes contidos no cyberbulling é a difamação e injúria que acabam sendo perpetrados”, informou.

“As brincadeiras recentes como a rasteira, por exemplo, que geram lesão corporal ou até mesmo óbito, responsabilizam os envolvidos naquele local. Eles são responsabilizados. Hoje temos o ato infracional previsto no ECA e com apuração específica acabam sendo correlatos aos tipos penais descritos no código”, destacou.

Combate aos crimes virtuais

Sobre os crimes virtuais a promotora da 2ª Promotoria da Infância e Juventude, alertou informando as formas de combate através de denúncias pelo Disk 100, Portal Safernet, Humaniza Redes, Ministério Público, Varas da Infância e Juventude e Conselhos Tutelares.

Para a aluna do 6º ano C, Maria Valentina, a palestra levou informações importantes, uma vez que orientou sobre os riscos e cuidados no uso da internet.

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“Gostei muito porque ela falou sobre fatos importantes e disse para termos cuidados. Mas também a internet propõe diversão desde que tenhamos controle do que estamos fazendo. Ela fazia perguntas para gente e também respondia o que perguntávamos. Foi uma grande chance de aprendermos mais sobre o que estamos convivendo. A internet pode ser boa e pode ser ruim, depende como usamos”, pontuou Maria Valentina.

De acordo com a promotora Itaniele Sá, dados do livro Hiperconectado revelam que 78% dos brasileiros, na maioria jovens, estão com smartphones acionados ao acordar, 48% durante o café da manhã, 58% no caminho da escola, 71% na hora do almoço, 47% no momento do jantar e 89% na hora de dormir.

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