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Empresa desenvolve equipamento para reciclagem acelerada de resíduos orgânicos

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Para dar um destino mais sustentável a resíduos orgânicos, a 5 Ecos, empresa localizada em Nova Odessa, interior paulista, desenvolveu uma máquina capaz de realizar a compostagem em um período de 24 a 36 horas.

Com tecnologia 100% brasileira, o equipamento é capaz de reciclar o lixo orgânico de forma acelerada, transformando o resíduo de restaurantes industriais, produção agropecuária e lodo de esgoto, obtido a partir do esgoto urbano, em um composto orgânico que pode ser usado como fertilizante na produção de alimentos.

A reciclagem, ou processo de decomposição, é feita sem odor, sem chorume, sem poluição e reduz o volume dos resíduos em até 90%. Outro benefício é que a área de pátio usada para compostagem e logística de revolvimento do composto também é menor do que no processo convencional – na compostagem em pilhas leva-se 60 dias para a decomposição dos materiais orgânicos e mais 60 dias para a estabilização do composto orgânico.

Pesquisa e desenvolvimento

Para desenvolver o equipamento, a 5 Ecos contou com recursos do Programa FAPESP Pesquisa Inovativa em Pequenas Empresas (PIPE-FAPESP) e com o auxílio de pesquisadores da Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo.

No mercado há cinco anos, a empresa procurou pelos pesquisadores da APTA em 2018 para melhorar o processo, principalmente de utilização desse composto na agricultura.

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“Percebemos que o uso do composto não estava sendo empregado com sucesso na agricultura, por isso, procuramos a APTA para saber o motivo. As plantas ficavam amarelas e não se desenvolviam”, conta Mariana Helena Pereira, responsável pela 5 Ecos.

A partir de análises laboratoriais, os pesquisadores da APTA descobriram que o motivo estava na quantidade desbalanceada de carbono e nitrogênio, além do excesso de sódio, que causava salinização do solo, dificultando a absorção de água pelas plantas.

“Propomos diversos ajustes para a total automatização do equipamento e para melhorias no processo de compostagem, para adequação do composto final às normas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) para registro e comercialização de fertilizantes e compostos orgânicos”, explica Edna Bertoncini, pesquisadora da APTA.

Próximos passos

A empresa, juntamente com o grupo de pesquisa da APTA, trabalha agora para submeter um novo projeto à FAPESP para obter financiamento na segunda etapa do PIPE, visando à construção de modelo piloto da máquina. A nova versão vai trazer todas as modificações observadas na primeira fase do projeto, levando em consideração o equipamento e sua automação, o processo de compostagem para entregar ao mercado um produto de qualidade.

Com o uso da máquina o volume de resíduos que são destinados aos aterros sanitários vai diminuir consideravelmente e um fertilizante de alta qualidade vai poder ser usado em culturas agrícolas, em um processo sustentável.

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Fonte: Ciclo Vivo

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