Connect with us

NOTÍCIA DESTAQUE

Família faz apelo para que as pessoas parem de culpar Camilla pelo assassinato

Publicado

em

Familiares da estudante Camilla Abreu, 21 anos, fez um apelo na manhã desta sexta-feira (3) para que as pessoas parem de culpá-la pelo assassinato.

A tia de Camilla, Jeane Abreu, fez um desabafo e pediu que a sociedade pare de culpar Camilla pela sua morte. A familiar ressalta que a jovem foi vítima de machismo.

Ela e avó de Camilla estiveram na Delegacia de Homicídios nesta sexta. Em entrevista à imprensa, a avó e mãe de criação da jovem, Cecília Rodrigues, bastante abalada relatou que a neta era agredida dentro de casa.

Em um dos episódios,  a avó conta que Camilla estava no quarto com o namorado, o capitão da Polícia Militar Alisson Watsson, 37 anos, quando a jovem gritou por ela.

“Eu estava deitada no meu quarto quando ouvi a Camilla gritar “mãe”. Fui saber o que era e ela disse “é esse louco do Allisson que está querendo quebrar meu braço. Aí eu disse para ela abrir a portar e deixar ele sair”, conta a avó.

Publicidade

A avó de Camilla relembra que a neta contava para ela que Allisson era muito ciumento e dizia que ia terminar o relacionamento com ele. “Ele era uma pessoa de dentro de casa. Ia muito lá. Ele não deixava a Camilla muito tempo sozinha. Discutiam, mas no outro dia ele estava lá em casa de novo e eles voltavam”, lembra Cecília.

Apesar dos relatos da neta, a avó diz que nunca imaginou que Alisson fosse capaz de matar Camilla. Cecília conta, inclusive, que três dias após o desaparecimento de Camilla, o capitão foi até a casa da jovem saber notícias dela e mostrou preocupação pelo sumiço da namorada.

“Sábado ele foi na minha casa, chorou e perguntou pela Camilla. Disse que deixou ela na porta de casa e foi embora antes dela entrar porque tinha que buscar a farda dele para trabalhar no outro dia. Disse que estava arrependido de deixar ela na porta e que estava  com “maus pressentimentos”. Chorou dizendo que queria o amor dele”, conta a avó.

Camilla Abreu e Allisson Watson

Allisson chegou a dizer para a família de Camilla que estava realizando buscas pelas jovens em hospitais e unidade de pronto atendimento da capital. Os familiares e amigos de Camilla chegaram a cobrar que o capitão acionasse policiais militares do batalhão onde ele é lotado para procurar pela jovem. No entanto, o PM disse que estava procurando a jovem sozinho.

Publicidade

 A estudante ficou cinco dias desaparecida, antes do caso ser assumido pela Delegacia de Homicídios.

Tia pede: não culpem Camilla 

A tia de Camilla, Jeane Abreu, pediu em nome da família para que a sociedade pare de culpar Camilla pelo seu assassinato.

“Temos que dar um basta nisso de que a culpa é da mulher. Temos que deixar de ser machistas. A culpa não é da Camilla”, reforça a tia.

Jeane também convoca a sociedade para participar de um protesto por justiça no caso Camilla Abreu.  Os familiares querem que, além da prisão, o capitão Allisson Watson seja expulso dos quadros da Polícia Militar.  O ato será realizado dia 8 de novembro, às 17h, na frente do Quartel do Comando Geral.

Publicidade

“Gostaria que as pessoas apoiassem essa causa. Eu pensava que esses casos era coisa de televisão, que só aconteciam no Rio de Janeiro e São Paulo. Mas aconteceu na minha família, destruiu a nossa família, e amanhã pode ser com qualquer um de vocês”, pede Jeane.

Fonte: Cidade Verde

Publicidade

Facebook

MAIS ACESSADAS