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FMS adverte que pode deixar de atender pacientes do interior do Piauí

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Em entrevista ao Acorda Piauí, da Rádio Cidade Verde, o presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), Charles da Silveira, declarou que vai cobrar o cumprimento da Programação Pactuada Integrada (PPI) em Saúde. Apesar de buscar diálogo com órgãos e entidades envolvidos na questão, o gestor defende ações efetivas, com até o encaminhamento de pacientes para a rede estadual.

Charles da Silveira reclamou que o descumprimento da PPI leva para Teresina pacientes que poderiam ser atendidos em seus municípios. O presidente da FMS sustenta que isso onera a Prefeitura de Teresina e impede o município de melhorar o atendimento na capital.

Silveira disse que tem buscado diálogo com todas as partes envolvidas na questão e acredita que será possível um bom resultado. Mas garantiu que não vai esperar somente a boa vontade dos gestores, mas sim ações efetivas.

Caso os diálogos não avancem, a decisão já está tomada. “Mas a medida em que a gente não conseguir avançar, eu já comuniquei ao secretário (estadual de Saúde) que a partir de janeiro nós queremos atender todos os teresinenses e o que está pactuado com a Prefeitura de Teresina. Fora disso, nós não vamos atender. Nós vamos encaminhar para os hospitais do Estado.”

Na entrevista, o presidente da FMS também citou uma visita de Gil Carlos, presidente da Associação Piauiense de Municípios (APPM), para tratar do tema da pactuação.

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“Eu fui visitado pelo presidente da APPM, no sentido de demonstrar a boa vontade dos municípios, e eu comunique a ele que à Fundação não interessa mais boa vontade. Interessa a necessidade do cumprimento do PPI. É isso que nós vamos cobrar, primeiro conversando, depois atuando de maneira institucional junto aos órgãos competentes para que isso seja cobrado.”

Mais Médicos
Questionado sobre a saída de cubanos do programa Mais Médicos, Charles da Silveira acredita que isso pode resultar na redução do atendimento da atenção básica, o que implicaria no aumento da demanda de pacientes para Teresina.

O presidente da FMS também demonstrou concordância com a revalidação dos diplomas de médicos estrangeiros e a proposta de aproveitamento de novos profissionais que tenham se formado com bolsas do Governo Federal.

Charles da Silveira ainda comentou a ausência de médicos brasileiros no interior do Brasil. Para o gestor, isso passa por uma questão cultural.

“Eu vou fazer uma observação que vai ser polêmica no seguinte sentido. Eu acho que a gente tem que mudar os processos de trabalho na área de saúde. Hoje na sociedade brasileira, e a sociedade piauiense não é diferente, as famílias querem formar seus filhos em Medicina para que eles possam ganhar muito dinheiro. E a visão que eu tenho enquanto gestor da Saúde é que os profissionais tem que se adequar às necessidades dos serviços de saúde. E o comportamento de grande parte dos profissionais não é esse, o serviço é que tem que se adequar a minha realidade.”

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Fonte: Cidade Verde

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