“Há diversas metodologias de testagem, por isso as pessoas confundem”, diz secretário de Saúde de Picos

Muitas pessoas não acreditam na eficácia dos testes laboratoriais e rápidos – especialmente destes – para o coronavírus. “Fulano fez o rápido e deu negativo, aí fez o particular e deu positivo” ou “Esses testes da ‘China’ não servem para nada” são duas das frases mais comuns de se ouvir quando se menciona a testagem para a doença.

Segundo o secretário de saúde de Picos, Dr. Júnior Santos, o resultado de um teste depende muito da metodologia que é empregada nele, pois existem diversos tipos de teste elaborados pelas mais diferentes empresas laboratoriais.

“Cada teste é um teste e existem diversos tipos. Tem laboratório que utiliza uma metodologia, outro utiliza outra. Tem o teste feito para fase aguda, tem o que é feito na fase crônica, cada teste tem uma metodologia diferente. E é isso o que, às vezes, confunde a cabeça da população”, disse o secretário.

Dr. Júnior Santos explicou como funcionam alguns testes para detectar a doença.

“Às vezes você vai fazer um teste rápido desse comum e ele vai dosar o anticorpo, que é produzido pelo contato com o vírus. Então esses anticorpos são produzidos em torno de 7 a 8 dias após o contato com o vírus. Se a pessoa fizer antes, não vai dar. Às vezes se ela fizer até um dia depois do dia que fez, vai dar positivo. E se fizer em outra metodologia, que vai dosar o antígeno, que é o próprio vírus, ai já pode dar positivo no início. Então é isso aí o que confunde a cabeça da população”, explicou.

O secretário de Saúde afirmou que todos os testes têm sua importância, cada um dentro de sua fase, e que é preciso sanar qualquer dúvida com o médico que atende aos pacientes.

“Os médicos que atendem o paciente, sabem perfeitamente de tudo o que falei e sabem explicar ao paciente quando este tem a dúvida, mas as pessoas se confundem e interpretam da maneira delas, sem conhecimento de causa”, concluiu.