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Motoristas e cobradores aceitam acordo da prefeitura e suspendem greve dos ônibus em Teresina

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Motoristas e cobradores aceitaram o acordo da Prefeitura de Teresina e decidiram suspender a greve, que já durava nove dias. A categoria esteve reunida nesta quinta-feira (5) com representantes da prefeitura, que apresentaram a proposta do prefeito Firmino Filho (PSDB) de custear o vale-alimentação e plano de saúde dos trabalhadores de outubro de 2020 até janeiro de 2021.

“A partir desta sexta-feira, a categoria volta a trabalhar normalmente. A gente se reuniu com o prefeito de Teresina e ele propôs subsidiar o plano de saúde e o ticket de alimentação de outubro a janeiro de 2021. Então, nós resolvemos suspender o movimento”, declarou o Ajuri Dias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores do Transporte Público (Sintetro).

De acordo com o presidente, o impasse continua com os empresários sobre o dissídio coletivo. Somente em 2020, três greves foram deflagradas pelos trabalhadores do transporte público de Teresina.

“Nós vamos continuar acompanhando a questão do dissídio coletivo e não vamos parar com a movimentação para que saia o julgamento do dissídio e garantir a nossa convenção coletiva de trabalho. Nós vamos continuar com essa luta para conseguir os nossos direitos definitivos”, disse.

A Superintendência Municipal de Transportes e Trânsito (Strans) informou, por meio de nota, que veículos cadastrados no órgão para suprir as necessidades da população durante a paralisação dos motoristas e cobradores de ônibus só sairão de circulação após o Sintetro formalizar o fim da greve e comunicar oficialmente. Leia a nota ao fim da reportagem.

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Segundo o Sintetro, desde o início da pandemia os empresários se negam a pagar o vale-alimentação e plano de saúde dos trabalhadores, benefícios garantidos anualmente em acordos coletivos. Os motoristas e cobradores estavam trabalhando com redução de 70% da carga horária e dos salários, e exigem os benefícios.

Motoristas e cobradores de ônibus paralisaram atividades em Teresina — Foto: Reprodução/TV Clube

Motoristas e cobradores de ônibus paralisaram atividades em Teresina — Foto: Reprodução/TV Clube

De acordo com o Setut, as empresas de ônibus não têm recursos suficientes para pagar os benefícios aos funcionários. O sindicato argumenta que, desde o início da pandemia, com as recomendações de distanciamento social, o número de passageiros caiu drasticamente.

O conflito tem sido intermediado pelo Tribunal Regional do Trabalho. Uma nova sessão havia sido marcada na sede do TRT na quarta-feira (4), entre os trabalhadores, os empresários e a Justiça, mas foi adiada.

Três greves

Passageiros esperam ônibus em parada no Centro de Teresina — Foto: Reprodução/TV Clube

Passageiros esperam ônibus em parada no Centro de Teresina — Foto: Reprodução/TV Clube

A primeira paralisação aconteceu em 15 de maio, quando os motoristas pediram por melhores condições de trabalho e medidas de prevenção à Covid-19. Em seguida, as reivindicações se adequaram à demanda da Covid-19, já que muitos contratos de motoristas e cobradores foram suspensos e todos perderam ticket alimentação e planos de saúde.

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Com a volta das atividades econômicas e as flexibilizações do comércio de Teresina em julho, o retorno dos ônibus era necessário, mas o Sintetro mantinha a greve e os trabalhadores do transporte coletivo se recusavam a voltar com suas atividades.

No dia 8 de julho, após decisão da Justiça do Piauí, o sindicato passou a cumprir os 30% de frota durante os horários normais e nos horários de pico 70% da frota permitida circular durante a pandemia, fazia os percursos.

No dia 11 de agosto, o sindicato suspendeu a greve e os ônibus passaram a circular com 100% da frota da pandemia (120 ônibus). Antes da pandemia, eram 400 ônibus. O Sintetro alegou, na época, que os trabalhadores temiam perder seus empregos e continuarem com contratos suspensos.

O sindicato deflagrou a greve pela segunda vez no dia 13 de outubro, ainda sem acordo com o Setut para negociar a norma coletiva de trabalho e garantir o direito ao plano de saúde e ticket alimentação.

No dia 14 de outubro, os motoristas e cobradores de ônibus decidiram pela suspensão da greve. De acordo com a categoria, a decisão veio após o Tribunal Regional do Trabalho do Piauí (TRT-PI) determinar que as empresas de ônibus paguem vale-alimentação e plano de saúde, duas das principais reivindicações do movimento. O Setut afirmou que recorreria da decisão.

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As atividades foram paralisadas pela terceira vez neste ano no dia 28 de outubro. A categoria deflagrou greve após o Setut apresentar um recurso diante da determinação do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) do Piauí, pelo pagamento dos vale-alimentação e plano de saúde a trabalhadores.

Confira a nota da Strans:

A Strans informa que os veículos cadastrados só sairão de circulação mediante comunicado oficial do Sintetro formalizando o fim da greve.

Com o encerramento do movimento grevista previsto para essa sexta-feira (06), o sistema deve operar de acordo com a última ordem de serviço feita pela Strans para a circulação de 240 ônibus. Atendendo uma demanda esperada de 47 mil passageiros por dia, com reforço de até 40% das viagens durante os horários de pico, das 6h às 9h e das 17h às 19h.

Fonte: G1 PI

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