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No Brasil, trinta e cinco milhões de pessoas não têm acesso a água potável

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Trinta e cinco milhões de brasileiros não são abastecidos com água potável e quase metade da população (48%) não têm seus esgotos sequer coletados. O alerta veio do estudo do Instituto Trata Brasil, que lançou, na quarta-feira (18), o relatório Ranking do Saneamento Básico – 100 Maiores Cidades – 2018  com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), mantido pelo Ministério das Cidades.

O país caminha a passos lentos para oferecer à população o direito à água potável e a ter o seu esgoto coletado e tratado. Em 2016, somente 45% dos esgotos gerados no país eram tratados.

A questão da aplicação dos recursos nessas áreas também levanta preocupações. Em 2016, os investimentos de água e esgoto teve uma redução de quase R$ 2 bilhões. Enquanto em 2015 foram aplicados R$ 13,26 bilhões, 2016 ficou com R$ 11,51 bilhões. Tais investimentos não condizem com o compromisso de cumprir a meta de universalização do acesso à água potável e coleta e tratamento de esgoto até 2033, conforme prevê o Plano Nacional de Saneamento Básico, e dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS), metas pactuadas junto à Organização das Nações Unidas (ONU).

“Assumimos um compromisso mundial com os ODS, principalmente o número 06, em que o governo brasileiro promete levar água e saneamento para todos até 2030. Ao não cumprir a meta de universalização do acesso à coleta e tratamento dos esgotos, por exemplo, colocamos em risco o atingimento de vários outros ODSs, principalmente os relativos à proteção da infância e à melhoria da saúde”, afirma Gesner Oliveira, sócio da GO Associados, empresa brasileira de consultoria em negócios e serviços que fez parceria com o Instituto Trata Brasil no levantamento.

Foto: Instituto Trata Brasil.

O estudo demonstra a discrepância entre os índices dos municípios localizados na região sul e sudeste e região norte e nordeste. Dois municípios possuem 100% de coleta de esgoto, Cascavel, no Paraná e Piracicaba, em São Paulo. Outros dez municípios possuem índice de coleta superior ou igual a 98% e podem também ser considerados universalizados. O mínimo da população atendida com serviço de coleta de esgoto é 0,75%, que é o caso do município de Ananindeua, no Pará.

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O abastecimento de água é outro assunto que revela as desigualdades regionais nessa área. Novamente, Ananindeua (PA) aparece com o menor percentual, 29,98%.

A diferença de dados entre as regiões é percebida pelo presidente executivo do Instituto Trata Brasil, Édison Carlos: “Uma preocupação que temos apontado há alguns anos é que as melhores cidades seguem avançando e nelas acontece a concentração dos maiores investimentos. O natural seria que as piores cidades estivessem investindo mais, então esse fenômeno separa ainda mais o Brasil em poucas cidades caminhando para a universalização e muitas paralisadas. Preocupa também a queda nos investimentos públicos para saneamento básico, à medida que Governo Federal, estados e municípios sofrem com problemas fiscais, afirma Édison Carlos.

Em mais uma edição do Ranking do Saneamento Básico – 100 Maiores Cidades, fica comprovado que os estados de São Paulo, Paraná e Minas Gerais ainda são os que apresentam os municípios com melhores indicadores de água e esgoto no país.

Fonte: O Eco


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