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Pais de crianças reivindicam pelo não fechamento da APAAS em Picos

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Durante a manhã desta terça-feira (10), pais de crianças e adultos que são pacientes do Centro Especializado em Reabilitação Tipo IV, também conhecido por APAAS (Associação Piauiense de Assistência e Atenção em Saúde), realizaram uma manifestação em frente ao prédio, reivindicando da Justiça e das autoridades locais que não deixem o local fechar.

A APAAS atende mais de mil pacientes, o que compreende mais de 70 municípios da macrorregião de Picos. Na última semana o Centro de Reabilitação foi alvo de uma operação da Polícia Federal, denominada Peloponeso, juntamente com a Clínica Santa Ana, localizada no bairro Catavento, onde ambas são investigadas pelo uso indevido de recursos.

A diretora da APAAS, Luciana Martins, declarou que não há com o que se preocupar, pois não há irregularidades no centro de reabilitação e que toda a documentação pedida pela Polícia Federal e demais órgãos ligados ao Ministério da Saúde estão sendo enviados, a fim de que tudo seja esclarecido o mais rápido possível e que o serviço seja retomado, pois é um dos poucos aos quais essas famílias carentes têm acesso.

“Nós estamos sendo auditados pelo Ministério da Saúde acerca de um documento que o Tribunal de Contas deu, suspendendo os serviços e alegando que a APAAS tinha enxerto de pacientes. Isso porque cometemos um simples erro na hora de informar a produção. Foi um erro de dados na hora de repassar as informações. O erro foi corrigido. É uma inverdade que temos enxertos de pacientes, porque APAAS atende mais de 1000 pacientes e atendemos buscando dar o melhor dos nossos profissionais, a melhor qualidade no atendimento. Estamos há seis meses sem repasse e mesmo assim continuamos a vir trabalhar. Agora, com a visita da Polícia Federal na APAAS, criou um ambiente complicado porque se especulou muita coisa. Hoje um grupo de pais de pacientes veio conversar comigo, porque muitos deles estão com medo do centro de reabilitação fechar. Hoje foi uma manhã muito difícil, porque vimos o choro de muitas famílias”, explicou ela.

François Francisco da Silva tem seu filho atendido pelo centro de reabilitação a quase três anos. Ele disse estar preocupado com as notícias que circulam de que a APAAS será fechada.

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“Meu filho já faz tratamento aqui há dois anos e oito meses. Desde os quatro meses de idade ele já foi encaminhado aqui para o centro de reabilitação. Toda semana ele passa por quatro profissionais. E hoje, ao saber que ele vai perder esse atendimento por conta do Governo Federal que disse que ele não atende a quantidade estipulada, fico indignado. Várias pessoas de mais de 70 municípios passam por aqui. Pessoas que dão de tudo por seus filhos. Eu queria pedir forças ao poder público que nos ajude para não perdemos esse tratamento. É aqui que temos visto a evolução de nossos filhos. Desde que o meu entro na APAAS, a cada dia que passa, ele vem desenvolvendo na medida do possível. Espero que não seja fechado e deixe de atender às várias crianças que necessitam desse atendimento”, clamou ele.

Outra mãe que se vê desesperada pela possibilidade de fechamento do centro de reabilitação é Taylane Martins de Carvalho. Ela declarou que com o tratamento que seu filho vem recebendo desde os primeiros meses de vida, muito nele foi desenvolvido através dos profissionais da APAAS.

“Meu filho faz tratamento desde os dois meses de vida. Ele era todo molinho porque nasceu de 30 semanas – seis meses – e tenho visto o desenvolvimento de meu filho. Hoje ele já se arrasta para todo lugar. Ele começou a falar palavras como ‘papai’ e ‘mamãe’. E isso é devido ao tratamento. Se não existisse esse centro, eu teria que ir a Teresina uma vez por mês e isso não traria nenhum benefício para meu filho. Aqui eu venho duas vezes por semana. Aqui temos todo o tratamento possível desses profissionais que fazem tudo com unhas e dentes, mesmo sem receberem, porque não está havendo repasse do Governo Federal. Muitos deles estão com filhos em casa para sustentar e salários atrasados, mas estão aqui trabalhando. Será muito difícil para nós se o centro deixar de existir”, disse indignada.

A diretora do Centro Especializado em Reabilitação declarou que tudo o que está ao alcance da direção da APAAS está sendo feito para que todo o trabalho seja restabelecido.

“Estamos fazendo tudo o que nos está sendo solicitado que se faça, enviando todos os documentos para responder ao que nos foi solicitado. Fomos a Brasília levar essa documentação e estamos aguardando. Ficamos surpresos com a visita da Polícia Federal porque nunca nos negamos a passar nenhuma documentação. Mas estamos com o coração tranquilo, pois não tem nenhuma irregularidade na APAAS e não acreditamos que ela vai fechar, porque temos certeza de que não há irregularidades. E estamos aguardando a Justiça dar seu aval para que voltemos a funcionar o quanto antes”, concluiu.

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