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PICOS | Professores da rede estadual de ensino realizam manifestação em busca de valorização

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Professores associados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Piauí realizaram, na manhã desta terça-feira (18), uma manifestação com caminhada pelas principais ruas de Picos para mostrar à sociedade os motivos pelos quais a categoria entrou em greve geral.

Desde o dia 10 de janeiro a greve foi iniciada em todo o Estado, seja de forma total ou parcial. Das 53 escolas da macrorregião de Picos, treze aderiram ao movimento, sendo 10 destas no município.

De acordo com a presidente do Sinte-PI, Gisele Dantas, foi necessária a ação para mostrar ao Governo Estadual que a situação de desvalorização para com o profissional está insustentável.

Gisele Dantas

“Desde o dia 10 que entramos em greve por conta do descumprimento do piso salarial que, desde o ano passado, o Governo não vem cumprindo. No ano passado não grevamos, tentamos diálogo o ano inteiro, e ele não cumpriu com sua parte. Não dá mais para tolerar essa situação de calote. Em 2018 o governo disse que pagava o piso, sem pagar. Enfrentamos a greve e a Justiça nos deu o parecer favorável de termos o reajuste no contracheque. Por isso estamos aqui, para garantir nossos direitos”, disse ela.

Em 2019 os professores deveriam receber um reajuste no piso salarial de 4,17%. Agora em 2020, de 12,84%, o que totaliza 17,01% a ser colocado em cima do salário dos docentes.

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Ela disse ainda que a manifestação também teve como objetivo mostrar à sociedade picoense os motivos pelos quais os professores aderiram à greve geral. Conforme palavras da presidente, o Governo tem manipulado informações através dos meios de comunicação, invertendo a realidade.

“Ele se utiliza dos canais de comunicação para dizer que já está com piso, mas não está. Ele está nivelando a carreira no Piauí com essas atitudes. Estamos aqui para comunicar à sociedade picoense que quem está desrespeitando é o Governador e não os professores, que descumpre as leis. Temos problemas relacionados com transporte escolar, com péssimas condições de trabalho, reforma de escolas, como o Miguel Lidiano que está desde 2015 para ser concluída e nunca foi. Então pedimos a compreensão da sociedade picoense quanto ao fato de que quem está descumprindo a lei é o Estado e não nós”, ressaltou.

Gisele Dantas destacou também que tem tido o apoio dos pais de alunos para manterem a paralisação nas aulas.

“Fiz uma reunião em Santa Cruz do Piauí e um pai disse que foi com a intenção de nos dizer coisas desagradáveis, mas após ter ouvido nosso relato, disse ter ficado com pena da gente. Então quando um pai escuta o outro lado, e não apenas os canais de TV manipulados pelo Governo, entende que nossa greve é justa e legal”, declarou.

Ela confirmou que novas mobilizações serão marcadas até que o governo esteja disposto a negociar o reajuste salarial dos professores.

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