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Polícia diz que superintendente, auditores e empresários presos negociavam licenças ambientais no Piauí

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A Polícia Civil informou durante coletiva de imprensa que os presos na Operação Natureza, deflagrada nesta quinta-feira (3), faziam parte de um esquema de compra e venda de licenças ambientais. Os presos são o superintendente de meio ambiente da Secretaria Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semar), dois auditores ambientais e empresários. O esquema gerou prejuízo de mais de R$ 3 milhões.

Os presos são Carlos Moura Fé (superintendente de meio ambiente), Fabrício Napoleão Andrade, Daniele Melo Vieira (auditores), Carlos Alberto do Prado Tenório, Tiago Maximiano Junqueira, Ivoneta Gontijo dos Santos e César Luis Barros dos Martírio Moura Fé (empresários). Segundo a polícia, este último empresário é primo do superintendente.

A delegada Rejane Piauilino, do Grupo de Repressão ao Crime Organizado (Greco), explicou como funcionava o esquema. “Alguns empresários tinham acesso a servidores da Semar e teriam pago propina para eles, em troca de licenciamentos ambientais e outros documentos. Algumas empresas são de carvoarias, de plantação de eucalipto, dentre outras”, explicou.

Os crimes foram corrupção ativa, corrupção passiva, associação criminosa, advocacia administrativa, além de crimes ambientais. A polícia informou que não havia um comando no esquema, todos participavam ativamente das operações.

“Nós pedimos quebra de sigilo bancário, comum em casos de crimes de corrupção, para poder comprovar o envolvimento. Temos aí também o crime de associação criminosa, porque não tem um chefe que comanda, são várias pessoas envolvidas para cometer os crimes. Eles precisavam de licença ambiental para desenvolver o ramo deles, como as carvoarias. Vimos então que havia cobrança de propina que envolvia todos os servidores, todos tinham conhecimento das solicitações”, informou a delegada.

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As investigações foram iniciadas em 2015, por meio de uma denúncia anônima feita à Polícia Federal e, posteriormente, encaminhada ao Greco, para apurar crimes praticados por servidores da Semar, como desvio de verbas públicas, o uso irregular de bens públicos, emissão de licenças ambientais de forma irregular, dentre outros. A SSP informou que ações dos investigados ocorriam desde 2012.

Fonte: G1 Piauí

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