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Promotor pede anulação de julgamento: “estímulo à impunidade”

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O promotor de Justiça João Malato ingressou recurso pedindo a anulação do julgamento que absolveu Dorival Ferreira de Almeida. O réu é acusado de matar Sidivaldo Bacelar dentro de um supermercado localizado no bairro Dirceu, zona Sudeste de Teresina. O crime foi praticado em julho de 2017.

Dorival foi absolvido por 4 a 1. Para o promotor João Malato, a decisão é um “estímulo à impunidade”. “É um sentimento de irresignação e de impunidade. As provas contra o réu eram muito contundentes. Um vídeo espelha que ele chegou ao supermercado e, sem qualquer discussão, efetuou três disparos de arma de fogo nas costas da vítima. Infelizmente os jurados optaram pela absolvição mesmo sem a defesa sequer ter pedido essa absolvição”, disse em entrevista à TV Cidade Verde.

O Ministério Público pedia condenação do réu por homicídio duplamente qualificado “por ter sido planejado e executado sem chances de defesa à vítima” .A  pena poderia ultrapassar 30 anos de prisão.

A defesa do réu reconheceu que houve o crime, mas alegou que Dorival agiu sob forte emoção após descobrir um relacionamento extraconjugal de sua esposa com a vítima.  O advogado Marcos Vinícius Brito nega que os tiros tenham sido efetuados quando Sidivaldo estava de costas e  afirma que pediu, sim, a absolvição do réu ao júri.

O advogado alega que constam nos autos provas que Dorival estava sendo ameaçado de morte. “Um bilhete encontrado na calça de Sidivaldo mostra todos por menores da rotina dele.  Ele também era casado e o bilhete foi encontrado pela esposa dele no dia da morte”, conta o advogado Marcos Vinícius.

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Foto: Izabella Pimentel/Cidadeverde.com

Dorival foi absolvido pelo júri

O advogado disse, ainda, que está tranquilo diante do recurso e afirma que tem “absoluta certeza” que o julgamento não será anulado. “Não será reformado porque o veredito do júri é soberano”, disse o advogado de réu, que já deixou o sistema prisional.

O promotor João Malato diz que a decisão é contrária às provas e ingressou pediu anulação do  julgamento e designação de um novo júri. Ainda não há prazo para o Tribunal de Justiça apreciar o recurso.

O Crime

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Sidivaldo Bacelar foi morto a tiros enquanto trabalhava no Comercial Carvalho da Avenida Joaquim Nelson, no Dirceu Arcoverde, no dia 17 de julho. O suspeito de cometer o crime foi preso 10 dias após o assassinato.

Izabella Pimentel
Com informações de Tiago Melo
[email protected] 

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