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Quadrilha usava nomes de falecidos para fraudar benefício do INSS no Piauí e Maranhão
A Polícia Federal deflagrou a operação Grande Família por volta das 5h30min da manhã desta quarta-feira (15) contra fraudes em benefícios previdenciários. Ao todo, serão cumpridos 21 mandados de prisão e 31 de busca e apreensão no Piauí e Maranhão. A ação desarticulou uma quadrilha formada por estelionatários e servidores públicos que falsificava documentos em nome de beneficiários falecidos.
Os golpistas falsificavam documentos de beneficiários que já tinham falecido e depois, servidores do INSS, que faziam parte do esquema, transferiam os benefícios do estado do Maranhão para o Piauí.
Conforme Lucimar Sobral Neto, delegado de crimes previdenciários, os criminosos agiam em cidade de Bacacal e Pedreiras no Maranhão, e após a prisão de dois integrantes decidiram mudar para Teresina, onde voltaram a cometer os mesmos crimes.
“A quadrilha sabia da morte de um beneficiário, conseguia os dados pessoais dele, fraudava novos documentos e, com estes, conseguiam fazer o bloqueio do sistema. Eles iam em uma agência de Teresina apresentava os documentos falsificados para o servidor do INSS que participava da quadrilha que fazia o desbloqueio do benefício”, detalhou o delegado
Segundo a Polícia Federal, 639 benefícios previdenciários foram fraudados. A Justiça Federal determinou a imediata suspensão desses benefícios. De acordo com a PF, a medida irá evitar um prejuízo estimado de R$ 80 milhões.
“Eles causaram um prejuízo financeiro estimado em R$ 26 milhões, caso continuassem agindo poderia ocasionar um dano de R$ 80 milhões”, afirmou Lucimar Sobral Neto.
Armas de fogos apreendida pela Polícia Federal durante a Operação Grande Família — Foto: Divulgação/ Polícia Federal
O delegado Lucimar Sobral informou que todos 21 mandados de prisão e 31 de buscas e apreensão foram cumpridos. “Entre os presos há dois servidores do INSS, os outros suspeitos são membros da quadrilha e familiares deles que participam do esquema”, disse.
Os agentes da Polícia Federal apreenderam documentos em um prédio localizado na Zona Leste de Teresina. No local foram encontradas cédulas usadas na confecção de RGs. “Estes papeis eram verdadeiros, mas não há informações de participação de outros órgãos neste esquema porque eles que faziam a impressão dos dados falsos” , explicou o delegado.
Os presos deverão responder pelos crimes de associação criminosa, estelionato qualificado, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção passiva e ativa.
Sobre uma nova fase da investigação, o delegado revelou que somente após a análise dos documentos apreendidos é que os policiais saberão se é necessário novas diligências.
Fonte: G1 Piauí
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