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Tabela obsoleta do SUS tem afastado hospitais privados de convênios em Picos

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Sempre houveram grandes filas nos corredores do único hospital público de Picos – Hospital Regional Justino Luz – devido à grande demanda em ter que atender toda a macrorregião, que compreende mais de 60 municípios.

Contudo, com a quebra da parceria entre hospitais privados com o Sistema Único de Saúde, a situação piorou. Essa ruptura aconteceu, segundo o secretário estadual de Saúde, Florentino Neto, por conta da tabela ultrapassada que o SUS mantém.

“A gestão do SUS aqui na cidade de Picos é municipal. É uma gestão plena. Conversamos com o gestor municipal aqui de Picos, representado pelo Dr Júnior Santos, secretário de saúde do município, e ele nos informou que houveram vários hospitais credenciados aqui que se sentiram desmotivados por conta da tabela do SUS. Tem alguns itens nessa tabela que o Ministério da Saúde não atualiza há mais de 16 anos”, declarou ele.

O secretário disse ainda que, mesmo com essa tabela ultrapassada os hospitais públicos continuam funcionando porque há uma contrapartida estadual.

“Porque o hospital público funciona mesmo com a tabela do SUS? Porque recebe recursos do Estado também. A iniciativa privada depende daquele pagamento para funcionários, insumos e ainda ter lucro. E efetivamente com a tabela do SUS essas empresas demonstraram não ter mais interesse. Nós trabalhamos por uma melhoria nessa tabela. É algo defendido nacionalmente, pois vai amenizar a situação da saúde pública. Com esse desfalque das instituições privadas, temos que buscar melhorar cada vez mais o atendimento no público”, disse.

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Florentino Neto informou ainda que, para amenizar a situação do Hospital Regional de Picos e sua superlotação, como aconteceu no último domingo, e que para ele foi uma situação atípica, as obras do novo hospital serão retomadas no início de 2020.

“O Governo do Estado tem um projeto grande que é o novo hospital de Picos, que tem capacidade maior que o Justino Luz. Tivemos um problema judicial que parou as obras, mas em fevereiro iremos retomar a obra e entregar ainda no governo de Wellington Dias. Serão dois anos e meio de execução. Queremos entregar o mais rápido possível. É um direito do povo”, concluiu.

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