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Teresina registra 2ª caso de Febre do Nilo Ocidental e FMS faz investigação

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Teresina registrou o segundo caso confirmado de Febre do Nilo Ocidental e a Fundação Municipal de Saúde (FMS) está realizando nesta quarta-feira (5) uma investigação epidemiológica. O paciente é um morador do bairro Mafrense, Zona Norte da cidade. O primeiro caso havia sido confirmado em 2019, mas a paciente havia viajado para outras cidades do Piauí. Neste segundo caso, o paciente não saiu de Teresina. Caso é o oitavo do Piauí.

Diante da situação, a equipe da gerência de zoonoses está colocando redes para capturar aves, armadilhas para atrair mosquitos e realizando a coleta de sangue de cavalos dos carroceiros da região. As amostras serão encaminhadas para Universidade Federal do Piauí (UFPI), Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e o Instituto Evandro Chagas, no Pará.

De acordo com Oriana Bezerra, gerente de Zoonoses da FMS, a notificação de caso suspeito foi realizada em 2019, mas o diagnóstico final da doença foi feito pelo Instituto Evandro Chagas, laboratório de referência do Ministério da Saúde.

“Os resultados que possibilitaram o diagnóstico foram concluídos em julho deste ano”, explicou.

A gerente acrescentou que a pessoa infectada não saiu de Teresina e que a investigação busca entender como se deu a transmissão do vírus.

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“Em parceria com a UFPI, foram colocadas redes de neblina para capturar aves e realizar a coleta do sangue para que seja feito o isolamento do vírus. Faremos ainda a aspiração de imóveis que dão acesso à lagoa do bairro Mafrense com o objetivo de capturar os mosquitos e também fazer o isolamento viral desses vetores”, completou.

A coleta de sangue dos animais de propriedade dos carroceiros da região do bairro Mafrense está sendo realizada nesta quarta-feira no setor de Correição do Centro de Zoonoses de Teresina.

Um óbito no Piauí

Apenas um caso da doença levou à morte do paciente e foi registrado na cidade de Piripiri, 162 km ao Norte de Teresina, em junho de 2017. A paciente era uma mulher idosa. A Sesapi informou que ela possuía outras doenças associadas, por isso o quadro apresentou complicações.

Transmissão e sintomas

Forma de transmissão da febre do Nilo Ocidental.  — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

Forma de transmissão da febre do Nilo Ocidental. — Foto: Reprodução/Ministério da Saúde

O vírus da febre do Nilo Ocidental é transmitido por meio da picada de mosquito infectado, geralmente do gênero culex (mosquito comum). Os hospedeiros naturais são algumas aves silvestres, que atuam como amplificadoras do vírus e podem ser fontes de infecção para os mosquitos. Também pode infectar humanos, cavalos, primatas e outros mamíferos. Não há transmissão de pessoa a pessoa.

“Este vetor pica uma ave migratória, que vem infectada de outro país, e sai transmitindo para as pessoas. Ela acomete aves, equídeos e o ser humano”, disse Oriana.

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Prevenção

“A prevenção da doença dá-se através de medidas para minimizar a proliferação e o contato dos mosquitos com humanos. Todos os casos suspeitos em Teresina são notificados e investigados laboratorialmente para febre do Nilo Ocidental”, informa o médico neurologista da FMS, Marcelo Vieira.

Sintomas

Cerca de 20 % dos indivíduos, segundo o Ministério da Saúde, desenvolvem os sintomas da febre do Nilo:

  • febre aguda de início abrupto, frequentemente acompanhada de mal-estar;
  • anorexia;
  • náusea;
  • vômito;
  • dor nos olhos;
  • dor de cabeça;
  • dor muscular;
  • exantema máculo-papular (manchas vermelhas na pele) e linfoadenopatia (nódulo geralmente atrás da orelha).

Fonte: G1 PI

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