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Wilson diz que Wellington perdeu o controle da gestão e monitora diariamente o Governo

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O ex-governador Wilson Martins, em visita ao jornal Diário do Povo, revelou que a oposição está monitorando diariamente e permanentemente o governo de Wellington Dias. Ele revelou que esse monitoramento é feito via o Diário Oficial, informações públicas e por amigos que fazem parte da administração.
Para Wilson Martins, falta gestão pública ao Governo. Ele disse que tem um descontrole no Estado e o governador Wellington Dias politizou, loteou  e entregou o Estado aos partidos políticos.Segundo o ex-governador, a folha de pagamento subiu em mais de 102% em relação ao que era em 2014, na sua gestão. E acrescentou que Wellington não concedeu para os planos de cargos e salários, e nem reajustes para os servidores, o que gerou uma insatisfação generalizada. E, por outro lado, aumentou descontroladamente o número de contratações de terceirizados.

Wilson Martins afirmou que todos os índices que foram conseguidos pelo Piauí despencaram e agora estão negativos. Por conta disso, o que ele considera os desmandos do governador Wellington Dias, as oposições estão se reunindo para mostrar o Piauí de hoje e fazer o planejamento do Piauí para o futuro. “Wellington não sabe administração. Ele não entende de gestão pública. O que ele gosta mesmo de fazer é política. Como loteou e locupletou vergonhosamente os partidos”, enfatizou

Diário do Povo – O que está se articulando em torno das oposições para as eleições de 2018?

Wilson Martins – Estamos unindo um grupo de pessoas que analisam e pontuam os caminhos que a oposição vai seguir. A Fundação João Mangabeira, de formação política, está trabalhando esses cursos de formação, ouvindo as pessoas e falando o que é o Piauí de hoje e debater sobre o Piauí do futuro.
Essa é uma ação do PSB que queremos consolidar. Esse é o partido que saiu relativamente forte das eleições municipais. Esse é o partido resiste a tentação do governo. E é oposição nacional e estadual.

DP –  O senhor tem ideia de quantos prefeitos e vereadores o PSB elegeu?

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WM – O PSB, tirando Teresina, é o segundo maior partido em votos nominais do Estado. O primeiro é o PP e o segundo é o PSB. Para a Câmara de Vereadores, incluindo Teresina, o PSB fez 250 vereadores. Teve mais vice-prefeitos e em qualquer parâmetro, o PSB é o a segunda ou terceira maior força do Estado , segundo o resultado das eleições municipais, tirando Teresina, que representa um quarto do eleitorado do Estado.

DP –  Quando o senhor fala do curso de formação política, vai percorrer o Estado e estimular a oposição?

WM –  Já começamos . E no PSB realizamos os encontros  da executiva estadual que são feitos todas as segundas-feiras, desde 2015.

DP – E dá para definir como será essa reunião da oposição?

WM –  Estamos conversando. Por exemplo, a tendência do Ciro estar junto com o Firmino é muito grande. Existe essa possibilidade do PSDB estar com o PP, mas estamos conversando.

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DP – O senhor diz isso, mas o deputado  João Deus (PT) disse na tribuna da Assembleia que a tendência é que o PSB esteja aliado do PT nas próximas eleições, principalmente se o Lula for candidato…

WM –  Esse povo do PT mente muito. A credibilidade deles está em baixa. Ao invés do deputado João de Deus responder às críticas, vem com esse tipo de saída, de plantar uma nota que não tem a menor possibilidade. O PSB tem relação histórica com o PT e com os partidos de esquerda. Isso  é natural  que determinado seguimento tenha essa tendência. Mas nos decepcionamos com o PT.
Estamos criticando o desastre da administração do PT. Não é porque somos de esquerda, que vamos costurar uma aliança com o PT, que acabou com a República, do ponto de vista ético, moral e dilapidaram os esteios de sustentação da Republica como a Petrobras e o BNDES. Eles criaram um fosso enorme ao que representavam antes.

DP – O senhor já definiu suas pretensões quanto ao cargo e a chapa que vai ser composta para disputar 2018?

WM – Minha vontade inicial é reorganizar as oposições no Piauí. As oposições ficaram fragilizadas. Wellington Dias não sabe fazer gestão pública. Ele gosta de fazer política. Ele loteou o estado e locupletou os partidos de uma forma vergonhosa. Quando assumimos o governo  acabamos com doze órgãos e criamos três. Reduzimos em nove. O Wellington Dias criou, no primeiro momento, seis, agora criou mais dez. Ele está na contramão do sentimento dos outros gestores, que reduzem despesas, cortam, e aumentam a arrecadação. Aqui, ele não aumenta a arrecadação e aumenta as despesas. Essa conta não fecha. Ele fechou em 2016, porque recebeu meio bilhão de reais que caíram do céu para ele. Foram R$ 430 milhões da repatriação e outros R$ 70 milhões dos depósitos judiciais. Esse valor dos depósitos, ele vai ter que devolver, por decisão do Supremo.
Então, foi por isso que ele não atrasou os salários. Mas atrasou os terceirizados, que tem um monte deles reclamando que estão até quatro meses sem receber, como na Evangelina Rosa. Tá atrasado o transporte escolar,  está atrasado o co-financiamento da saúde…

DP – O senhor e a oposição estão monitorando o governo?

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WM- Temos uma equipe que acompanha diariamente e permanentemente as ações do Governo junto ao Diário Oficial e com as informações da imprensa, além dos amigos que temos.

DP – E dá para comparar os dois governos, o seu e o do governador Wellington Dias?

WM –  A comparação é como estar no deserto, estar num inverno regular e passar para uma seca. O governo de Wellington Dias deixa muito a desejar.

DP – Em quê?

WM – Em todas as áreas. Em gestão pública, em educação… Por exemplo, no nosso governo, o programa internacional de avaliação, o PISA , que avaliação os estudantes, encontrou o Piauí no 21º lugar. E deixamos no 11º. E agora, o Piauí  voltou para o 22º lugar. Quando avaliava o ensino médio e fundamental nós ultrapassamos a meta estabelecida. A meta era de 4 para a avaliação do Enem e tivemos nota 4,5 no ensino fundamental. No ensino médio era 4,5 e chegamos a 5.
Na UESPI foi uma revolução, não só pelo aumento do orçamento, como pelos resultados. E todos esses índices despencaram e estão negativos.

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DP – E o que o senhor acha que aconteceu? Qual o problema?

WM – È gestão, porque para a área de Educação tem recursos.  Os índices não são favoráveis em todos eles. O problema é gestão pública. O governo do Estado aumentou a folha de pagamento desde 2014 para cá em 102,9% e se vê uma insatisfação dos servidores públicos, porque ele não fez mais os planos de cargos e salários e não deu mais reajustes.
Na Educação, em 4 anos, aumentei em 48% o salário dos professores. Um média de 2% ao ano. A média do Wellington é  menos da metade do que eu dei de aumento.

DP – O que está acontecendo então?

WM – Eu é que pergunto. Deixei  R$ 369 milhões depositados no Banco do Brasil, no programa pró-desenvolvimento II,  dinheiro que era para concluir a primeira etapa de 100 Km da rodovia transcerrados,  para concluir a duplicação das BRs,  para concluir a a ponte do meio da Frei Serafim, estão alisando, alisando e não concluem. Só faltava as cabeceiras. Dentro desse sistema viário de Teresina tinha ainda a ponte Wall Ferraz, que estava 50% pronta. O viaduto da Avenida Miguel Rosa. O Rodoanel que faltava pouca coisa. E o prolongamento da Avenida Marechal Castelo Branco, que faltava negociar a retirada de 42 casas.
Não concluíram as obras e ninguém sabe cadê o dinheiro. Vimos o deputado Robert Rios pedindo informações sobre a conclusão das obras, que quanto mais tempo passa mais caro fica, porque vão sendo aditivadas. E ficam num preço irreal. O que falta é gestão pública. Tinha as obras em andamento, tinha o dinheiro, mas ele não concluiu das obras.
Ele queria colocar  ensino a distancia, mas não tem internet com suficiência,  não tem regularidade, os alunos não aceitam e ele foi a uma solenidade em Marcos Parente e foi vaiado pelos estudantes e pela juventude e professores. Não tem professor de Matemática e nem de Biologia.
Eu tinha um controle absoluto dos terceirizados, e só eram nomeados com  determinação expressa do governador. Ele politizou tudo e tem um sem número de terceirizados por esses critérios. È um governo que não tem gestão pública.

Fonte: Diário do Povo

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