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ENTRETENIMENTO

Chambinho do Acordeon e Orquestra Criança Cidadã reverenciam Luiz Gonzaga

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Há 30 anos, o mundo perdia Luiz Gonzaga. Voz que se tornou ícone da região Nordeste, o pernambucano de Exu deixou um legado incalculável à música, levando o forró pé de serra para todos os cantos do mundo. Em sua homenagem, a Art Rec Produções apresenta “Gonzagão Sinfônico”, cuja estreia nacional está marcada para 28 de março, no Teatro Guararapes. No papel-título, Chambinho do Acordeon, que viveu o sanfoneiro no filme “Gonzaga: De Pai pra Filho”, resgatará as músicas do Rei do Baião acompanhado pela Orquestra Criança Cidadã e, claro, por um trio pé de serra. O repertório trará canções escolhidas entre as mais de 500 que foram registradas nos 56 discos gravados pelo Velho Lua. Entre elas, “Asa Branca”, “Sabiá”, “Sala de Reboco” e “Qui Nem Jiló”. Os ingressos, a partir de R$ 40, já estão à venda (serviço abaixo).

Em parceria com a produtora pernambucana Art Rec Produções, Chambinho idealizou o espetáculo. “É sempre muito emocionante tocar e cantar Luiz Gonzaga. Em Pernambuco, terra de Gonzagão, e com a Orquestra Criança Cidadã, será uma honra, uma alegria”, diz Chambinho, que, sempre no palco com chapéu e sanfona, tem no artista sua grande referência musical. “Estamos muito felizes por tirar do papel e levar aos palcos esse grande projeto que celebra e aplaude um dos maiores gênios da nossa música – ainda mais por ser daqui, do nosso estado”, celebra Gustavo Agra, fundador da Art Rec Produções, referência no segmento de entretenimento em Pernambuco.

CHAMBINHO

Nivaldo Expedito de Carvalho é compositor, ator, músico e cantor. Conhecido como Chambinho do Acordeon, canta acompanhado de sua sanfona, zabumba e triângulo o autêntico forró pé de serra. Chambinho nasceu em São Paulo, em 1980. Aos 8 anos, mudou-se com a família para a cidade de Jaicós, no sertão do Piauí, onde aprendeu os primeiros acordes na sanfona com o seu avô Zezinho Barbosa. Essa primeira escola, tão afetiva quanto autêntica, deu a ele não só os macetes dos velhos sanfoneiros nordestinos como também o gosto pelo legítimo forró. Aos 11 anos, retornou para São Paulo. Após alguns anos tocando na noite, integrou a Banca Caiana, com quem gravou dois CDs lançados pela Warner Music. Em seguida, acompanhou a Banda de Pífanos de Caruaru, com a qual gravou o CD “No século XXI, no Pátio do Forró” (Trama, 2002), que faturou o Prêmio Tim e o Grammy Latino. Integrou o Trio Zabumbão. Acompanhou grandes nomes do forró, como Família Gonzaga, Anastácia e o humorista João Claudio Moreno.

Após vencer 5 mil candidatos num processo seletivo da Conspiração Filmes, Chambinho recebeu a honrosa missão de interpretar, em 2012, o Rei do Baião no filme “Gonzaga – De Pai para Filho”, com direção de Breno Silveira. Protagonista, o artista estudou a fundo a vida e a música do Velho Lua e aperfeiçoou ainda mais seu jeito nordestino de puxar o fole e cantar o seu forró. Representou o filme e levou o ritmo em turnê internacional pelos Estados Unidos , França, Inglaterra, Itália, Suíça, Portugal, Espanha, Holanda e Rússia. Em 2013, recebeu a homenagem do Troféu Gonzagão, em Campina Grande, e foi homenageado na Calçada da Fama, em Arcoverde. Com cinco CDs e dois DVDs, segue carreira solo, mostrando ritmos como baião, forró, xote e xaxado para o mundo.

A ORQUESTRA

A Orquestra Criança Cidadã, gerida pela Associação Beneficente Criança Cidadã, é uma iniciativa que se consolidou no cenário cultural pernambucano e completou, em julho de 2019, 13 anos de inclusão social por meio da música. O projeto atende a 360 jovens, com idade entre 7 e 21 anos, da comunidade do Coque (Recife), do distrito de Camela (Ipojuca) e da zona rural de Igarassu. Com projeção nacional e internacional, realiza pelo menos uma apresentação por ano no exterior.

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Nestes 13 anos de existência, a Orquestra Criança Cidadã recebeu mais de 30 prêmios, incluindo o Prêmio Caixa Melhores Práticas em Gestão Local, de âmbito nacional. Na esfera internacional, a Organização das Nações Unidas escolheu a Orquestra como uma boa prática de inclusão social, em dezembro de 2010, e, em 2015, o projeto passou a integrar o Programa de Escolas Associadas da Unesco, uma rede mundial que trabalha pela cultura da paz. Com o título, a Orquestra Criança Cidadã tornou-se a primeira escola de música da América Latina a receber esse certificado internacional. O projeto também foi agraciado com a Medalha de Mérito José Mariano, em 2017, mais alta comenda da cidade do Recife.

GONZAGA

Luiz Gonzaga nasceu na Fazenda Caiçara, em Exu, sertão de Pernambuco, no dia 13 de dezembro de 1912. Um dos oito filhos de Januário José dos Santos, o mestre Januário, “sanfoneiro de 8 baixos”, e Ana Batista de Jesus. Aos 13 anos, com dinheiro emprestado compra sua 1ª sanfona. Foi com o pai que Luiz aprendeu a tocar o instrumento. Não era adolescente ainda quando passou a se apresentar em bailes, forrós e feiras, de início acompanhando seu pai. Após servir o Exército no Crato, partiu para o Rio de Janeiro e começou a participar de programas de calouros. Foi no programa de Ary Barroso, na Rádio Nacional, que se destacou ao ficar em 1º lugar com “Vira e Mexe”. Passou a gravar discos, como sanfoneiro, para outros artistas. Tocando com a dupla Genésio Arruda e Januário, é descoberto pela gravadora RCA Vitor e grava seu disco de estreia.

Na década de 1940 até metade da de 50, a música nordestina viveu sua fase áurea, e Luiz Gonzaga, consolidado como um dos artistas mais populares do País, virou o Rei do Baião. Trajado com chapéu, gibão e sua inseparável sanfona branca, teve suas músicas regravadas por jovens cantores, como Geraldo Vandré, Gilberto Gil e Caetano Veloso, que o citavam como influência. Durante os anos 70, fez shows no Teatro Municipal (SP) e no Tereza Raquel (RJ). Nos anos 80, sua carreira tomou novo impulso. Gravou com Fagner, Dominguinhos, Elba Ramalho, Milton Nascimento. Cantou para o papa João Paulo II, em Fortaleza. Cantou em Paris a convite da cantora amazonense Nazaré Pereira. Recebeu o prêmio Nipper de Ouro e dois discos de ouro pelo álbum “Sanfoneiro Macho”. Sua dupla com Gonzaguinha, seu filho, deu certo. Fizeram shows por todo o País com “A Vida de Viajante”. Na década de 1980, apresentou-se na Europa; e começaram a surgir os livros sobre o homem simples e, por vezes, até ingênuo, que gravou 56 discos e compôs mais de 500 canções. Em 1989, faleceu vítima de parada cardiorrespiratória.

SERVIÇO

Gonzagão Sinfônico

Dia 28 de março (sábado), às 19h

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Teatro Guararapes – Centro de Convenções de Pernambuco

Informações: 3182.8020

Ingressos

Plateia Especial: R$ 120 (inteira) e R$ 60 (meia)

Plateia: R$ 100 (inteira) e R$ 50 (meia)

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Balcão: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)

* À venda na bilheteria do teatro, lojas Ticketfolia (shoppings Plaza, Recife, RioMar, Tacaruna e Boa Vista) e site Sympla.

Fonte: Revista Algo Mais

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