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ENTRETENIMENTO

Levita: a travesti piauiense que busca destaque na música

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Levita é o nome artístico de Levita Rangel Lopes de Moraes, travesti teresinense que atualmente mora em Salvador, Bahia. Com 25 anos de idade, ela busca uma carreira na música. Em tempos onde personalidades quer como Pabllo Vittar, Gloria Groove e Getúlio Abelha ganham cada vez mais espaço, Levita segue na crista da onda na busca pelo próprio espaço.

A verdade é que o meio artístico está cada vez mais diverso. E Levita é uma amostra disso. Ela chegou a integrar o grupo A Travestis, que obteve sucesso nas plataformas de streaming com o remix de “Tímida”, com Pabllo Vittar. Agora a jovem voa em carreira solo e prepara um EP.

O lançamento do primeiro single, intitulado “Destina”, marca o início da carreira de Levita andando com as próprias pernas. De família tradicional, ela conta que é respeitada pelas escolhas que fez na vida, sobretudo a busca por uma arte mais marginal e das ruas.

Com uma ampla experiência acadêmica em artes, a jovem atualmente conclui o curso de Dança na Universidade Federal da Bahia (UFBA), mas antes disso também cursou um ano de artes visuais na Universidade Federal do Piauí (UFPI). A musicalidade aflora em Levita, que quer ser cada vais mais reconhecida e respeitada no meio artístico.

Com um visual diferenciado, Levita ousa em tudo. Nas letras, nas melodias eloquentes e também em performances ao vivo que tem apresentado em Teresina, durante curta estadia. Para NOSSA GENTE, um exemplo de artista para ficar de olho.

Jornal Meio Norte: Quando você decidiu que seria artista?

Levita: Desde criança sempre fui aquela aluna que gostava de fazer peças, estar no palco. Então, esse lugar sempre foi uma paixão pra mim. Quando terminei a escola fiz um ano de Artes Visuais na UFPI, mesmo não sendo tão ligada nessa área de desenho, escultura e pintura. Atualmente, estou concluindo uma licenciatura em dança pela UFBA, mas sou formada como bacharela interdisciplinar em Artes pela mesma instituição.

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“Destina” nasce de uma música que já escrevi, que se chama “Num Se Pode”. É engraçado porque o refrão de “Destina” é o pré refrão de “Num Se Pode”. Foi um desdobramento de um processo em que escrevi bastante, então deu para dar uma estendida nessa temática que me inspira tanto.Levita

JMN: Quais seus planos futuros?

L: Eu planejo organizar um EP ou um álbum e conseguir colocar meu trabalho no mundo.

JMN: Atualmente você vive na Bahia. Pensa em voltar para Teresina?

L: Não sei. Não tenho uma data ou ano de planejamento. Penso em voltar para divulgar meu trabalho, ver meus amigos, minha família. Mas gostaria muito de contribuir no fomento da arte piauiense algum dia.

JMN: Sua família apoia suas escolhas artísticas?

L: Sim, tenho apoio da minha família! É inclusive essencial e um grande privilégio! No começo foi um pouco difícil de entender que eu realmente queria trabalhar com arte, mas hoje eles entendem.

JMN: Você se considera travesti. Como foi seu processo de transição?

L: Meu processo de transição veio depois da pandemia. Nesse meio tempo, reavaliei muita coisa sobre mim, e essa questão de gênero veio forte. Me considero uma travesti não binária, e honestamente, nunca me senti tão bem comigo mesma.

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JMN: O single faz parte de algum projeto maior? Quem sabe um álbum?

L: No momento estou me focando em me lançar primeiro, divulgar “Destina”. Tenho mais dois singles escritos no forno, quem sabe um EP? Tudo depende de um apoio financeiro e confesso que tem sido difícil fazer tudo de forma independente.

JMN: Como foi o processo de composição de “Destina”, seu primeiro single?

L: “Destina” nasce de uma música que já escrevi, que se chama “Num Se Pode”. É engraçado porque o refrão de “Destina” é o pré refrão de “Num Se Pode”. Foi um desdobramento de um processo em que escrevi bastante, então deu para dar uma estendida nessa temática que me inspira tanto.

JMN: Agora você parte para uma carreira solo. Qual seu principal objetivo no momento?

L: Meu objetivo é fazer minha arte sendo quem eu sou, sendo honesta comigo mesma. Para mim também é uma forma das pessoas me reconhecerem, acho que nunca estive tão entregue na arte como estou nesse momento.

JMN: Antes da carreira solo, você integrou o grupo “A Travestis”. Como foi a experiência?

L: Trabalhei na banda “A Travestis” como diretora de movimento e como dançarina. Foi uma experiência que me deu muita coragem para seguir meus sonhos, aprendi muito com Tertuliana. Somos amigas desde adolescentes, e até hoje ela me ajuda muito nesse processo de carreira musical.

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Fonte: Meio Norte

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