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ESPORTES

Crônica: Um ano depois, ninguém esquece o 7 a 1 e ninguém faz questão de esquecê-lo

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Há um ano atrás, todo mundo lembra onde estava.

Mineirão foi palco do maior vexame da seleção brasileira / Foto: Reprodução

Não importa se você gosta ou não de futebol, da seleção brasileira, do Neymar, do Felipão, da CBF, da Globo… o que aconteceu há exatos 365 dias ficou marcado não só pelo desastre futebolísitico no gramado do Mineirão, mas pela queda de um ícone do futebol: o todo poderoso Brasil.

Como é comum em Copas do Mundo, eu estava reunido com amigos na porta de casa. Churrasco, cerveja, pagode e sorrisos. Dono da casa, pentacampeão mundial, cheio de ‘craques’, de pompa e de soberba. A final era logo ali.

Favoritismo que durou 11 minutos. No gol de Muller, os risos ainda eram maioria. Virar o placar de um jogo não é a missão das mais díficeis, ainda mais para o Brasil. Klose, aos 23 minutos, mudou o pensamento. O gol foi só o início do caos em sequência. Kroos, aos 24 e aos 26, e Khedira, aos 29, fizeram em seis minutos a soberba virar vergonha, passando pela decepção, pela raiva e pela sarcasmo.

Por mais que combatam o termo, considero sim como um apagão. Por mais que tinhamos problemas táticos e técnicos, quatro gols em seis minutos nem o meu time de pelada do bairro tomaria. O Brasil entrou em um parafuso, viu seus líderes se perderem dentro e fora de campo.

Do outro lado da TV, nós nem falavamos mais. Naquele momento, ninguém se importava. A derrota não era dolorosa. Ela era inacreditável. Schurlle, duas vezes no segundo tempo, e Oscar, o famoso 1 da história, completaram o placar.

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Passei quase um ano para rever todos esses gols. Quase o tempo que completamos hoje. E nada mudou. Nesse período, trocaram o treinador… por Dunga. Disputamos a Copa América… perdemos. Ganhamos amistosos. Vários! Nada mudou.

Nos penaltis, Brasil é eliminado pelo Paraguai na Copa América 2015 / Foto; Reprodução

No futebol brasileiro em si, nada de mudanças. Clubes falidos, MP do Futebol cheia de remendos e com poucos avanços, crise técnica e tática em campo, calendário prejudicial aos jogadores. O 7 a 1 está vivo. E, pelo visto, ninguém quer que ele morra.

 

O Olho

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