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Daniel Alves rebate críticas do COB e pede ‘respeito ao futebol’

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Daniel Alves se pronunciou neste domingo (8) pelas redes sociais e rebateu as críticas que a seleção masculina de futebol recebeu por não usar o agasalho oficial do COB, no momento que subiu ao lugar mais alto do pódio nos Jogos Olímpicos Tóquio 2020. Em publicação no Instagram, o jogador pediu respeito ao futebol e disse que há “coisas que não aceitamos dentro do esporte”.

“Eu como capitão dessa equipe respeito todas as opiniões de atletas de outros esportes, porém tem coisas que nós também não aceitamos dentro do esporte. Não queremos ser diferentes de ninguém, mas não aceitamos algumas imposições. Favor quando forem exigir alguma coisa pro seus esportes, respeitar o nosso”, afirmou Daniel Alves.

O COB (Comitê Olímpico do Brasil) já havia deixado clara a sua irritação com a seleção brasileira masculina de futebol, medalha de ouro em Tóquio 2020. Apesar do título, o time subiu ao pódio estrategicamente escondendo o patrocinador do comitê. O assunto será levado para o departamento jurídico, segundo revelou o próprio COB neste domingo (8), no último dia dos Jogos Olímpicos.

Depois de vencer a Espanha na prorrogação, em Yokohama, o time comemorou a medalha no pódio com a camisa de jogo, da Nike, fornecedora de material esportivo da CBF (Confederação Brasileira de Futebol). O agasalho da Peak, fornecedora do COB, ficou amarrado na cintura de todos os 22 jogadores, o que sugere algo orquestrado.

O presidente do COB, Paulo Wanderley, disse que ainda não era possível precisar de quem havia partido a determinação para a atitude dos atletas. O diretor de esportes, Jorge Bichara, informou que o assunto será tratado internamente do departamento jurídico. A CBF ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso.

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“O Comitê Olímpico do Brasil reconhece e valoriza extremamente a performance do Brasil dentro da competição de futebol. Conquistamos o bicampeonato olímpico, estamos extremamente satisfeitos com a performance da equipe. Lamentamos a atitude dos atletas no pódio, lamentamos a atitude da Confederação Brasileira de Futebol na condução do caso e o assunto agora sai da esfera esportiva e entra agora na esfera jurídica, que vai ser decidido pela área jurídica do COB”, disse Bichara.

Wanderley disse também que, apesar do comitê estar descontente com a atitude, a premiação de R$ 750 mil está garantida para cada um dos atletas — os valores são estabelecidos por critérios de lugar no pódio e ainda modalidade individual, em grupo ou coletiva.

“Quando viemos para cá, estabelecemos um critério e o critério será mantido. Outras consequências, só depois da nossa ação sobre esse caso específico”, disse Wanderley.

Por trás da mera escolha de vestimenta, há o risco de punição por parte do COI (Comitê Olímpico Internacional) ao COB. A Carta Olímpica diz que os atletas devem vestir uniformes das suas confederações em todas as cerimônias. Por outro lado, a CBF está em processo de renovação de contrato com a marca.

Na Rio 2016, o problema não aconteceu já que a empresa norte-americana patrocinava o futebol e também o comitê olímpico. Para Tóquio 2020, a marca chinesa assumiu o fornecimento de material esportivo do Time Brasil.

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Fonte: R7

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