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ESPORTES

Lutador brasileiro alcança sucesso e se torna referência na Arábia Saudita

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Vencer na vida por meio do esporte em um país que não incentiva a prática não é fácil. Por isso, muitos atletas brasileiros deixam suas rotinas e buscam construir um futuro em outro continente. Foi o caso de Gerson Pereira, conhecido como “Billaboy”.

O lutador de 33 anos trocou a Bahia pelo Bahrein, nos Emirados Árabes Unidos, em busca dos seus sonhos. Hoje celebra o sucesso alcançado e comemora o fato de ser referência em um país que respeita sua trajetória.

Mas engana-se quem pensa que mudar de nação é fácil. Reconstruir a vida em outra cultura requer coragem para superar obstáculos. Agora, imagina ter que passar por tudo isso em meio à pandemia do novo coronavírus?

Lance

O atleta deixou o Brasil em 2019 e, com poucos meses no Bahrein, encontrou problemas no primeiro emprego em uma academia. Em seguida, veio a pandemia da Covid-19. O baiano ficou dois anos e meio sem lutar e chegou a ter o visto ameaçado pelo tempo sem contribuir no país, mas não desistiu.

“Eu treinava batendo em saco, mas não era a mesma coisa que treinar com um profissional. Depois disso, consegui fechar um contrato com o evento Brave. Lutei duas vezes nele. Na primeira semana que fechei o contrato, peguei a Covid-19 e voltei a ficar um tempo parado. Quando voltei, lutei e perdi”, relembrou Gerson, referindo-se a luta contra o russo Bair Shtepin, em 2020.

Foi uma russa que trouxe luz para a vida de “Billaboy”. A esposa Kristina Sapronova ajudou o lutador na busca por emprego, e o apoio rapidamente surtiu efeito. O baiano conseguiu se encontrar numa academia na cidade de Dammam, na Arábia Saudita, onde vive atualmente.

“Minha sorte foi ter encontrado uma pessoa que me ajuda e aconselha. Fiz muito networking. Refiz o meu currículo e, a partir disso, recebi algumas propostas de emprego. Ela entende disso e me ensina. Estamos tentando crescer juntos” disse o lutador baiano.

Na Arábia Saudita, Gerson Pereira também dá aulas para crianças. Atualmente, conta com 50 alunos na academia Real Fitness Gym. O baiano destaca o respeito dos alunos e a vontade de todos em aprender o jiu-jitsu brasileiro, que é respeitado mundialmente.

“É um país de primeiro mundo. Não é um lugar de matança, como muitos pensam. A cultura, o respeito, a humildade e a educação deles me encantaram. Eles se amarram e respeitam muito o jiu-jitsu brasileiro. Alguns conhecem o wrestling, mas não é a mesma coisa. Eles só querem saber de pesar o quadril quando está no chão, mas não têm aquela mobilidade de se mover em busca do melhor ângulo para finalizar”, conta o atleta.

O lutador tinha um evento marcado, mas precisou cancelar a participação devido ao nascimento da filha Stephania, previsto para o mesmo período do combate, que acontecerá no dia 8 de outubro. Para o ano que vem, ele pretende voltar com tudo às lutas.

“Quero me preparar para vir ‘grandão’ no próximo ano. Quero estar em outra pegada”, projeta.

Gerson tem 21 lutas no MMA, com 12 vitórias e nove derrotas. O baiano foi derrotado nas últimas três lutas – a mais recente em março de 2021, diante do egípcio Hussein Salem, no Brave 48.

Fonte: Lance

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