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Após surto, Piauí cria clínica para atender crianças com microcefalia

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O surto de casos de microcefalia que atinge o Piauí fez com que o Centro Integrado de Reabilitação (CEIR) criasse uma clínica dentro da unidade da saúde dedicada unicamente a atender crianças acometidas pela doença. Segundo o Ministério da Saúde, o Piauí tem 46 casos confirmados e outros 77 estão sob investigação.

 Na clínica, que foi inaugurada nesta segunda-feira (7), os médicos neurologistas vão avaliar o estado de saúde dos bebês para que depois sejam encaminhadas para reabilitação no local.

“As crianças primeiro passam pela consulta com um neuropediatra onde elas serão avaliadas e direcionadas para o programa de estimulação precoce. Através desse programa, o paciente vai receber diversos tratamentos, os pais irão assistir palestras sobre o tema e vão ser amparados por um grupo de acolhimento para trabalhar os sentimentos e vínculos dos pais com os filhos, além de fisioterapia que os bebês vão receber”, contou a gerente de reabilitação do CEIR, Maria Andreia Bezerra.

Ainda segundo a gerente, a consulta e reabilitação serão gratuitas através do Sistema Único de Saúde (SUS) e os bebês devem receber tratamento até os três anos de idade segundo as diretrizes do Ministério da Saúde.

“Quando o bebê é diagnosticado com microcefalia na maternidade, ele é imediatamente mandado para o CEIR. Ao chegar, ele já recebe consulta e vai para a reabilitação. Serão aproximadamente 20 profissionais envolvidos nesse tratamento e para atender a demanda, criamos um terceiro turno que vai até às 19h30 para atender exclusivamente esses pacientes”, explicou.

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Criança com microcefalia foi diagnoticada com cinco meses (Foto: Juliana Gomes/G1)
Criança com microcefalia foi diagnoticada com cinco meses (Foto: Juliana Gomes/G1)

Glauciana Silva, mãe de um bebê com microcefalia, contou que só descobriu que a filha tinha a doença quando levou a criança ao pediatra, aos cinco meses de idade, e que espera uma melhora mais rápida com a reabilitação.

“Durante toda a gravidez não foi diagnosticado que meu bebê tinha microcefalia. Eu só fui saber que ela tinha essa doença quando a pediatra desconfiou do tamanho da cabeça dela. Então, ela me encaminhou para a maternidade e com o diagnóstico, me mandaram vir para o CEIR onde ela poderia ter o acompanhamento adequado. Ainda não sabemos se ela tem microcefalia por causa do zika vírus, o resultado do exame que eu fiz não saiu”, contou.

A mãe ainda conta que não tinha conhecimento dessa doença e que a criança não apresenta problemas sérios. “Ela faz tudo. Come direito, dorme, sorri, brinca, senta, por enquanto faz tudo o que uma criança normal faz. Com o tratamento espero que ela não tenha dificuldade pra andar ou ler”, finalizou.

Casos
Ministério da Saúde e os estados investigam 4.222 casos suspeitos de microcefalia em todo o país. Isso representa 71,5% dos casos notificados. O último boletim divulgado no dia 1º aponta, também, que 1.046 notificações já foram descartadas e 641 confirmadas para microcefalia e outras alterações do sistema nervoso, sugestivos de infecção congênita. Ao todo, 5.909 casos suspeitos de microcefalia foram registrados até 27 de fevereiro.

No Piauí são 46 casos da doenças confirmados, 77 em investigação e 15 descartados. No total foram notificados 138. Os dados são referentes ao ano de 2015 até o dia 27 de fevereiro de 2016.

 

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G1

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