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A cada aumento de difusão de 1% de armas de fogo, aumenta 2% em homicídios, diz IPEA

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Um estudo citado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), uma fundação pública vinculada à Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, aponta que quando há um crescimento de 1% no número de armas de fogo em uma determinada cidade, há o aumento de 2% no número de homicídios nesse local. Referência a este estudo consta de preocupações emanadas pelo instituto há cinco anos, no livro “Brasil em Desenvolvimento 2014, Estado, Planejamento e Políticas Públicas”.

No capítulo “O Desafio da Segurança Pública no Brasil”, há justamente a demonstração da preocupação com a liberação de armas de fogo. “Analisando o padrão internacional, parece não haver dúvida acerca de uma correlação entre a difusão das armas de fogo e a prevalência de homicídios. Mas a literatura empírica sobre o tema, principalmente nos Estados Unidos, vai mais além, sugerindo (quase unanimemente) uma causalidade positiva entre as armas de fogo e crimes violentos”, sustentam ao menos três técnicos de Planejamento e Pesquisa do IPEA.

“Cerqueira e Mello (2012), em um estudo com dados para o estado de São Paulo, também concluíram que a cada 1% de aumento na difusão de armas de fogo nas cidades, há um crescimento de 2% na taxa de homicídios local. Por outro lado, do ponto de vista estatístico, não se verificou qualquer relação significativa entre armas de fogo e crimes com motivação econômica, o que mostra a falácia da ideia de que o cidadão de bem armado dissuadiria os criminosos profissionais”, aponta os textos empíricos.

AUMENTO DE SUICÍDIOS E O AUMENTO DE 7,4 VEZES EM HOMICÍDIOS

Ainda segundo os escritos, “Nas abordagens empíricas a melhor proxy da prevalência da arma de fogo, reconhecida internacionalmente por muitos estudos (Kleck, 2004; Moody e Marvell, 2005), é a proporção de suicídios em que se utilizou a arma de fogo, que teria estreita relação com o estoque de armas nas cidades”.

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Ainda que, “Empregando este indicador, foram produzidos os rankings das vinte microrregiões geográficas (com mais de 100 mil habitantes) com maior e menor prevalência de armas de fogo no Brasil (Cerqueira e Coelho, 2014). Comparando as microrregiões nestes extremos da distribuição, verificou-se que a taxa de homicídios média do primeiro grupo é 7,4 vezes maior que do segundo grupo”.

E que, “É interessante notar também que a maior parte das localidades com maior difusão de armas de fogo se encontram no Nordeste, para onde a violência letal migrou de forma mais acentuada na última década”, pontua trecho do artigo que consta do livro do IPEA que trata da variedade dos problemas brasileiros e das preocupações latentes para anos futuros.

 

 

 

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Fonte: 180 Graus/ Blog Bastidores


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